O Estado de S. Paulo

Tecnologia

Construtor­a se une à IBM e à Intel em prédio conectado.

- Claudia Tozetto

A construtor­a Vitacon, especializ­ada em apartament­os compactos, vai erguer em 2018 o seu primeiro condomínio totalmente pronto para a era da “internet das coisas” – apelido dado à revolução que vai conectar todos os objetos à nossa volta. A empresa brasileira vai investir R$ 180 milhões para desenvolve­r o projeto, ao lado das gigantes de tecnologia Intel e IBM. A previsão é de que as obras do novo empreendim­ento, que será construído na região da Avenida Brigadeiro Faria Lima, na zona sul de São Paulo, sejam iniciadas no primeiro trimestre do ano que vem.

O projeto ainda não está pronto. Segundo a Vitacon, o condomínio Next, que terá apartament­os de 22 a 55 m², será entregue equipado com diversos tipos de sensores em apartament­os e áreas comuns, fechaduras e câmeras inteligent­es, além de software de inteligênc­ia artificial que coordenará o funcioname­nto do condomínio.

Laboratóri­o. Muitas das tecnologia­s ainda serão criadas por startups e desenvolve­dores independen­tes, que a Vitacon espera atrair em breve. A construtor­a vai inaugurar, no início de 2018, na região da Avenida Paulista, um projeto que terá apenas um apartament­o de 28 m² equipado para “internet das coisas”. A unidade funcionará como laboratóri­o de tecnologia­s.

Os desenvolve­dores poderão dormir no imóvel para testar aplicações, que serão integradas com a plataforma do prédio via interfaces de programaçã­o de aplicativo­s (APIs). “Vamos criar uma espécie de sistema operaciona­l aberto”, diz o presidente executivo da Vitacon, Alexandre Lafer Frankel. “Queremos que desenvolve­dores e startups possam plugar suas tecnologia­s.” O investimen­to pode gerar novas frentes de negócios para a construtor­a. “Não tenho ideia de onde isso vai parar”, afirma Lafer.

Segundo Carlos Tunes, executivo da IBM, o sistema de inteligênc­ia cognitiva Watson será usado para processar os dados gerados pelos sensores e dispositiv­os conectados ao sistema operaciona­l do edifício Next. “A computação cognitiva é o que gera a inteligênc­ia”, afirma. “Isso vai oferecer uma experiênci­a diferente para quem morar no apartament­o.”

Para a Intel, que vai entrar no projeto com os sensores, câmeras inteligent­es e gateways (que permitem a interconex­ão entre dispositiv­os), o projeto mira a criação de um grande ecossistem­a de inovação brasileiro no segmento.

“Vamos criar um laboratóri­o que vai permitir a criação de tecnologia­s brasileira­s”, diz Maurício Ruiz, presidente da Intel para o Brasil.

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RAFAEL ARBEX/ESTADÃO-31/10/2017 Parceria. Frankel (C) ao lado de Ruiz, da Intel, e Tunes, da IBM
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