A bela Kim Minhee, no jogo erótico e perverso de ‘A Criada’
A Criada AH-GA-SSI/THE HANDMAIDEN. (COREIA, 2016.) DIR. DE PARK CHAN-WOOK, COM KIM MINHEE, HA JOOG-WO, JO JIN-WOONG.
Talvez o maior diretor de filmes de ‘gênero’ da Coreia – Oldboy, Lady Vingança, etc –, Park Chan-wook incursiona pelo erotismo com uma fábula perversa. A história acompanha garota que é contratada para servir de criada pessoal para uma herdeira que vive meio reclusa. As duas têm um envolvimento que se torna progressivamente mais íntimo. E aí, quando você pensa que o relato vai numa direção, Chan-woo muda tudo, inclusive esclarecendo o quer você viu até então por meio de planos de desconstrução, que revelam um outro ângulo. É um filme visualmente muito elaborado e bonito, e no centro de tudo está Kim Minhee. Bela e talentosa, Kim é uma estrela em seu país. Teve um affair com o diretor Hong Sangsoo, que abordou o tema em Na Praia, à Noite, Sozinha , pelo qual ela foi melhor atriz em Berlim, em fevereiro deste ano.
VEJA TAMBÉM Billy Pig (BRASIL.) DIR. DE JOSÉ EDUARDO BEMONTE, COM SELTON MELLO, GRAZI MASSAFERA.
Uma aspirante a atriz, seu marido e um falso padre se envolvem com o chefe do tráfico, prometendo curar a filha dele. Uma comédia de erros, sem heróis. De perto, você sabe, ninguém é normal.
Casa de Areia (BRASIL, 2005.) DIR. DE ANDRUCHA WADDINGTON, COM FERNANDA MONTENEGRO, FERNANDA TORRES, SEU JORGE, RUY GUERRA.
Mulher fica presa com a mãe num labirinto de areia que pode ser o próprio tempo. O manifesto de cinema ‘autoral’ de Andrucha deleita os olhos e desafia a compreensão.