IMPACTOS DAS PUNIÇÕES
Fuga de capitais
Depois das sanções implementadas pelos Estados Unidos e a União Europeia contra a Rússia, investidores passaram a temer um cenário de incertezas para negócios em Moscou, o que fez com que a saída de dólares do país praticamente triplicasse: de US$ 52 bilhões em 2012 para US$ 152 bilhões em 2014. Além da retirada de capitais, instituições financeiras europeias e americanas reduziram a concessão de crédito na Rússia depois da implementação das sanções
Desvalorização do rublo
Com cada vez menos moeda forte no país, o rublo perdeu 50% do valor em apenas seis meses depois da anexação da Crimeia. Em dezembro de 2014, começou uma venda em massa do rublo, que obrigou o Banco da Rússia ao maior aumento da taxa de juros do país desde a crise de 1998: de 10,5% para 17%, em uma tentativa de conter a desvalorização, que continuou ao longo de 2015
Inflação
Após a implementação das sanções, a inflação na Rússia teve a maior alta desde 2011 e chegou a 9,1%, a maior taxa desde 2011 e bem acima da meta do banco central, estimada entre 5% e 6%. A alta foi provocada pelo encarecimento das importações russas e o veto à compra de alguns produtos alimentícios de países europeus, como, por exemplo, o tomate
Recessão
O ano de 2015 foi ruim para a economia russa e a partir dele o país começou a sentir o impacto das sanções, bem como da queda do petróleo no mercado internacional. A retração foi de 3,7%
Parcerias alternativas
Como resultado das sanções impostas pela União Europeia, que correspondia a praticamente metade do fluxo comercial russo, Moscou passou a procurar outros clientes para comprar e vender bens e serviços. Só com a China, o Kremlin assinou mais de 40 acordos nos setores de tecnologia e serviços financeiros. Para contornar o impacto provocado pelas sanções a importações de alimentos, os russos ampliaram o comércio com o Brasil e outros produtores agrícolas latino-americanos