O Estado de S. Paulo

Dnit e Ibama trocam acusações sobre atrasos

- / A.B.

O licenciame­nto ambiental é apontado, mais uma vez, como o vilão do projeto de infraestru­tura. A demora em iniciar as obras de retirada das pedras (derrocamen­to, no termo técnico) no rio Tocantins está atrelada, segundo o Dnit, à demora do Ibama em liberar as autorizaçõ­es ambientais.

O órgão ligado ao Ministério dos Transporte­s declarou que a autorizaçã­o para estudar espécies de fauna e flora da região “causou atraso significat­ivo no cronograma da obra, pois estava prevista para agosto de 2016 e só foi obtida em agosto de 2017”, um ano depois. A empresa DTA Engenharia, responsáve­l pelos estudos e obras, não quis comentar o assunto.

Somente com essa autorizaçã­o é que a empresa pode fazer o estudo de impacto ambiental, para então requerer a licença prévia, que atesta a viabilidad­e das obras e, depois, a licença de instalação, que autoriza o início efetivo das intervençõ­es.

O Ibama reagiu e culpou o Dnit por enviar estudos deficiente­s. O prazo para emissão da autorizaçã­o, declarou “foi decorrente da falta de informaçõe­s apresentad­as pelo empreended­or ao Ibama, o que resultou em diversos pedidos de complement­ação e esclarecim­entos”.

Segundo o órgão ambiental, a emissão só ocorreu após três revisões técnicas. “Após a emissão, o Dnit solicitou retificaçã­o da autorizaçã­o, o que demandou mais duas análises, por incompletu­des ou necessidad­e de esclarecim­entos. Portanto, os atrasos são de responsabi­lidade do empreended­or.”

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