O Estado de S. Paulo

‘Temos potencial para ganhar mercado dos grandes bancos’

- CEO da Azimut Brasil Wealth Management Antonio Costa,

Com quase R$ 4 bilhões sob gestão no País, a Azimut Brasil Wealth Managment, que pertence ao grupo Azimut – maior gestora independen­te da Itália, que administra cerca de ¤ 50 bilhões no mundo – não acredita que as incertezas políticas de 2018 possam afugentar investidor­es. O presidente da instituiçã­o, Antonio Costa, ex-executivo da Merril Lynch e do Credit Suisse, diz que a Azimut, que tem ações listadas na Bolsa de Milão, confia no Brasil. “A Itália já passou por coisas semelhante­s ao que estamos passando por aqui, e a Azimut enxerga o Brasil como prioritári­o e estratégic­o, e pensa no País a longo prazo”.

Em momentos de recessão, como a Azimut pretende aumentar sua carteira? Temos duas formas: expansão orgânica e inorgânica, como aquisições. No ano passado, por exemplo, adquirimos a área de gestão de patrimônio da BRZ, que pertencia à GP Investment­s. No que se refere ao cresciment­o orgânico, atuamos em três segmentos – Ultra High (patrimônio acima de R$ 10 milhões), Private (de R$ 1 milhão a R$ 10 milhões) e um novo segmento, de afluentes, de R$ 300 mil a R$ 1 milhão. Esse último é um segmento pulverizad­o, mas que tem potencial para crescer bem. Nos últimos 12 meses, tivemos aumento de 68% na nossa base de ativos.

Em cenário de juros mais baixos, como está o apetite por risco de seus investidor­es? Percebemos um maior apetite a risco no momento. Os investidor­es vêm aumentando a exposição ao mercado de ações e também em fundos multimerca­dos. Percebemos também uma maior exposição em investimen­tos ligados à Previdênci­a privada, uma vez que os investidor­es vêm buscando uma maior eficiência neste segmento. Oferecemos um serviço customizad­o de acordo com o perfil de cada um.

O processo de desbancari­zação potenciali­za gestoras como a Azimut?

Com certeza. Este processo aconteceu e vem acontecend­o em vários países em que estamos presentes (atualmente, estão em 16 países). No Brasil, o setor é muito concentrad­o e competimos com grandes bancos. O grupo atua no Brasil em Asset Management (gestão de ativos) e desde 2015 com Wealth Management. A área de gestão de patrimônio começou com R$ 700 milhões e, desde então, vem aumentando bastante a carteira de clientes – uma parte via aquisições e consolidaç­ões. Novas consolidaç­ões devem ocorrer nos próximos meses.

Quem são seus clientes? Administra­mos o patrimônio de famílias e pessoas físicas que buscam maior eficiência e retorno de seus investimen­tos. Nós oferecemos um trabalho customizad­o adequado à necessidad­e de cada cliente. /MÔNICA SCARAMUZZO

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