Palmeiras volta a se distanciar de organizada após protesto
Presidente do clube considera que houve excesso dos torcedores e acaba atacado por um dos líderes da Mancha
O protesto da torcida organizada Mancha Alviverde no domingo, seguido por uma nota oficial da diretoria do Palmeiras ontem, estremeceu a relação entre as duas partes. Em uma ano marcado pela reaproximação entre ambas, o episódio deve selar uma nova forma de convívio.
Com a entrada de Mauricio Galiotte no cargo e a saída de Paulo Nobre, o clube e a organizada se reaproximaram, após anos de rompimento institucionalizado. Em abril, por exemplo, membros da organizada entraram na Academia de Futebol para entregar uma carta de incentivo ao elenco antes do jogo com a Ponte Preta.
O vínculo recuou a partir de domingo. O ato convocado pela Mancha para cobrar o time foi encarado pelo Palmeiras como exagerado. O arremesso de pamonhas e pipoca contra o veículo que transportava o time danificou um dos vidros. Os estilhaços atingiram Keno e Jailson, além da nutricionista da equipe. Ninguém se feriu.
“Acho normal a cobrança. Só não acho normal passar dos limites, como foi”, disse o atacante Deyverson. Ontem o presidente do clube, Maurício Galiotte, assinou nota oficial em que contou ter pedido à polícia para investigar o protesto e prometeu se afastar das organizadas. “Reitero que seguirei mantendo a política de não conceder qualquer privilégio”, escreveu.
Horas depois, o conselheiro do clube e líder da Mancha Alviverde, Paulo Serdan, atacou Galiotte durante transmissão ao vivo pelo Facebook. “Lá no clube, você assumiu para mim os seus erros. Você não falou para mim que o Cuca ligou para dois jogadores para eles não jogarem contra o Corinthians? Por que você não solta isso para a imprensa?”, afirmou.