Em recuperação, Oi lucra R$ 8 milhões de julho a setembro
Em meio a um processo de recuperação judicial, a Oi obteve lucro líquido consolidado de R$ 8 milhões no terceiro trimestre de 2017, revertendo prejuízo de R$ 1,2 bilhão de mesmo período de 2016. Esse é o primeiro lucro da empresa desde o fim de 2015.
O retorno para o azul decorreu da valorização do real frente ao dólar no período, uma vez que as dívidas em moeda estrangeira (cerca de US$ 10 bilhões) correspondem a quase metade da dívida bruta da companhia.
A crise reduziu a demanda de empresas por serviços de telefonia e tecnologia da informação. Com a oscilação do câmbio, o resultado financeiro da Oi gerou uma receita de R$ 45 milhões no terceiro trimestre deste ano, diante de uma despesa de R$ 1,7 bilhão um ano antes.
O câmbio tem causado forte impacto a cada trimestre no balanço da companhia, que desmontou as operações de hedge cambial (mecanismo de proteção contra perdas com a oscilação da taxa de câmbio) desde que entrou em recuperação, na metade do ano passado. O efeito do câmbio, porém, não teve impacto no caixa da operadora.
No campo operacional, o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente consolidado somou R$ 1,6 bilhão, queda de 2,4% na comparação anual.
A margem Ebitda foi a 26,9%, baixa de 0,8 ponto porcentual. A receita líquida somou R$ 5,964 bilhões, uma retração de 6,7%.
A receita da Oi com as operações nas áreas de telefonia fixa e móvel, banda larga, TV por assinatura e serviços corporativos alcançou R$ 5,9 bilhões no terceiro trimestre, queda de 4,7% em relação a 2016. O resultado foi puxado pelo setor de serviços corporativos (B2B), cujo faturamento diminuiu 12,9% no período, atingindo R$ 1,6 bilhão.