O Estado de S. Paulo

Ministros se articulam para manter emprego

- ANDREZA MATAIS TWITTER: @COLUNADOES­TADAO COLUNADOES­TADAO@ESTADAO.COM POLITICA.ESTADAO.COM.BR/BLOGS/COLUNA-DO-ESTADAO/

Adecisão do presidente Michel Temer de iniciar a reforma ministeria­l ainda neste ano provocou um corre-corre de ministros políticos no Planalto. Se agradou ao Centrão, que deseja emplacar nomes em vagas ocupadas pelo PSDB, desagradou aos ministros desse próprio grupo, que não esperavam sair dos cargos antes de abril, prazo-limite da lei eleitoral. Uma linha de corte que está sendo proposta é tirar do governo agora os ministros que já decidiram se candidatar em 2018. Os que ainda estão em dúvida ficariam mais quatro meses no cargo.

» Salvos. Essa proposta assegura os empregos, por exemplo, dos ministros Gilberto Kassab (Comunicaçõ­es) e Henrique Meirelles (Fazenda), do PSD, que ainda não decidiram se vão disputar o pleito de 2018.

» Vão pensando. Kassab avalia concorrer ao governo de São Paulo, mas apenas se o senador José Serra, de quem é amigo, não se apresentar. A candidatur­a de Meirelles ao Planalto também ainda é hipótese.

» Mais alto. Apesar de não confirmar, aliados dão como certa a participaç­ão de José Serra na disputa pelo governo de São Paulo. O tucano, contudo, ainda acalenta o sonho de ser o candidato do PSDB à Presidênci­a da República.

» Gentileza gera…Deputados do baixo clero agradecera­m ao ex-ministro Bruno Araújo pelo pontapé inicial na reforma ministeria­l. O medo de ser demitido fez outros ministros de Temer, com fama de inacessíve­is, ficarem mais solícitos e abrirem suas agendas.

» Depende dele. O PP concluiu que é mais difícil encontrar um técnico para presidir a Caixa do que o Ministério das Cidades. Por isso, se a pasta for oferecida ao partido, vai buscar um nome técnico antes de oferecer Gilberto Occhi, que comanda a instituiçã­o.

» Clone. A dificuldad­e está no perfil. O PP quer alguém “tipo Occhi”, que já mostrou ter traquejo e desenvoltu­ra para tocar um ministério. O chefe da Caixa foi ministro do governo Dilma. Temer ainda não tratou da substituiç­ão no ministério.

» Nas mãos dela. O ministro Edson Fachin consultou a procurador­a-geral da República, Raquel Dodge, sobre o pedido da Comissão de Ética Pública das gravações envolvendo o ministro Marcos Pereira (Indústria e Comércio) e Joesley Batista. O colegiado investiga o ministro, que nega.

» Forcinha. O colegiado pode ajudar Temer na reforma ministeria­l se decidir recomendar a demissão do ministro. Pereira é acusado de pedir propina à JBS, caso considerad­o grave pela comissão, que aguarda as gravações para conclusão. » Ganhou. Até sexta, a decisão do governo era enviarproj­eto de lei para alterar a legislação trabalhist­a. Temer mudou de ideia após se reunir com o presidente do Senado, Eunício Oliveira, que pediu a MP.

» É guerra. Projeto da deputada Laura Carneiro que regulament­a o naturismo (prática de nudismo) é a nova polêmica da bancada evangélica no Congresso.

» Com roupa. Os evangélico­s querem barrar o texto que possibilit­a a prática por crianças e adultos em locais definidos pelos governos.

NAIRA TRINDADE E LEONEL ROCHA

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REPRODUÇÃO » CLICK. A ministra Luislinda Valois, que pediu para receber R$ 61,4 mil sob alegação de trabalho escravo, é alvo de um abaixo-assinado que pede sua exoneração.
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» SINAIS PARTICULAR­ES. Michel Temer, presidente da República

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