Soluções inovadoras para geração de emprego e renda
Busca por mercado de trabalho com foco em soluções mais sustentáveis pode ser um dos caminhos para a retomada do crescimento de forma inclusiva e inovadora
Segundo dados do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), na última década mais de 36 milhões de pessoas deixaram a pobreza crônica no Brasil. Mas a crise política, fiscal e econômica que o País vem enfrentando nos últimos anos fez com que o governo cancelasse ou reduzisse projetos como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a maiores de 65 anos que não contribuíram com a Previdência Social. Além disso – e apesar de ter apresentado uma leve queda no último trimestre – o número de desempregados ultrapassa os 13 milhões de brasileiros, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em setembro.
No início de 2017, números da Organização Internacional do Trabalho (OIT) previam que a taxa mundial de desemprego poderia subir de 5,7% em 2016 para 5,8% em 2017, aumento de 3,4 milhões de pessoas desempregadas no planeta. Esse cenário de crise econômica e social que afeta diversos países mostra a necessidade de um esforço conjunto de governos, do setor privado e da sociedade civil organizada para a promoção do crescimento econômico sólido, mas também inclusivo e sustentável. Destaques entre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, o trabalho decente e o crescimento econômico (ODS 8) buscam um crescimento anual de pelo menos 7% do Produto Interno Bruto (PIB) nas nações menos desenvolvidas, por meio de políticas orientadas que apoiem atividades produtivas, emprego decente, empreendedorismo, criatividade e inovação.
Mas quais seriam as soluções para a retomada do crescimento econômico de forma mais sustentável? Durante a última edição da blitz da sustentabilidade realizada pelo O Estado de S. Paulo e a Rádio Eldorado – que neste final de semana aconteceu no parque da Villa Lobos e na avenida Paulista – as pessoas foram questionadas sobre quais seriam as soluções para a retomada do crescimento econômico de forma mais sustentável. O pastor Denis Henrique Gomes de Azevedo, 42, avalia que o Brasil ainda possui muita deficiência de mão de obra especializada. “Acredito que um mercado que focasse mais na inovação dos produtos sustentáveis poderia ajudar a melhorar o cenário do desemprego no País.” A opinião é compartilhada pelo corretor imobiliário Marcelo Mitsunaga, 28 anos. “Tudo na economia é gerido pela lei da oferta e demanda. Acho que ainda existe preconceito de que tudo o que é sustentável e inovador tem um preço mais alto. Se esse mercado fosse mais aquecido, a pessoas se sentiriam compelidas a produzir mais e melhorar os valores.”
O engenheiro Jefferson Taborda, 47 anos, também acredita que se as pessoas mudassem esse comportamento e começassem a usar produtos mais sustentáveis haveria aquecimento do mercado de trabalho como um todo. “O Brasil passa por um momento econômico difícil e existem várias possibilidades por meio de soluções sustentáveis. A madeira é um exemplo: é possível utilizar o eucalipto ou o pinus para fazer vários tipos de móveis com alta durabilidade. Isso pode ser viabilizado e contribuir para empregabilidade, sustentabilidade e para garantir que o planeta continue sendo nossa casa por muitos e muitos séculos.”
Desenvolvimento humano
Na agenda da ONU para 2030, temas como a erradicação da pobreza, crescimento econômico e sustentabilidade formam a base para as ações que serão desenvolvidas ao longo dos próximos anos para o cumprimento dos 17 objetivos estabelecidos pela organização – e o sucesso dessa empreitada depende de um trabalho em parceria que envolva governos, setor privado e sociedade civil.
O posicionamento de responsabilidade social da Braskem busca impulsionar o desenvolvimento humano, estimulando a inovação e o crescimento das pessoas que fazem parte das suas comunidades do entorno. No último ano, os projetos de Investimento Social Privado da companhia beneficiaram diretamente mais de 96 mil pessoas. Entre eles destaca-se o Ser+Realizador, iniciativa que busca aumentar o percentual de reciclagem de resíduos pós-consumo no Brasil, promovendo a inclusão socioeconômica dos catadores e a eficiência da cadeia produtiva da reciclagem. Em 2016, o projeto beneficiou mais de três mil catadores e cooperativas, que receberam assessoria técnica e garantiram o envio de mais de 30 mil toneladas de resíduos para a reciclagem.
“Na Braskem, em um primeiro exercício, encontramos 79 interações entre os 17 ODSs e nossos 10 macro-objetivos empresariais para o Desenvolvimento Sustentável”, explica Jorge Soto, Diretor de Desenvolvimento Sustentável da Braskem. São eles: erradicação da pobreza; água potável e saneamento; trabalho decente e crescimento econômico; consumo e produção responsável; indústria, inovação e infraestrutura; cidades e comunidades sustentáveis.
“É imprescindível que países, organizações, empresas e demais atores com voz nos muitos fóruns de diálogo global se unam para auxiliar uma grande parcela da humanidade a encontrar condições de vida dignas aliadas a ações que assegurem perenidade do meio ambiente em bases econômicas e políticas sólidas”, completa.