Direita chilena é favorita para voltar ao poder
Com a base governista da presidente Michelle Bachelet dividida, a direita é favorita para voltar ao poder no Chile, em eleição no domingo. O ex-presidente Sebastián Piñera, da coligação Chile Vamos, aparece na liderança com 44,4% das intenções de voto, segundo pesquisa do instituto CEP.
A Nova Maioria, coligação de partidos de centro-esquerda e centro, que dá sustentação ao governo, está dividida em duas candidaturas: a do senador independente Alejandro Guillier, mais à esquerda no espectro político e segundo colocado nas pesquisas, e a da democrata-cristã Carolina Goic, em quinto lugar.
“Naturalmente, Guillier seria mais competitivo se Goic não estivesse na disputa. Mas o problema dele não é só a fragmentação da Nova Maioria. O problema de Guillier é que sua candidatura não embalou porque ele é um líder pouco carismático”, aponta o cientista político Patricio Navia, das universidades Diego Portales, em Santiago, e de Nova York.
Na terceira posição, a jornalista Beatriz Sánchez, da novata Frente Ampla, atrai o eleitorado que exige propostas mais à esquerda do que as da Nova Maioria. A tendência, caso ocorra um segundo turno, é que Guillier e Sánchez apoiem quem dos dois for escolhido para enfrentar Piñera. O mesmo vale para o quarto colocado, Marco Enríquez-Ominami, outro nome da esquerda dividida.