O Estado de S. Paulo

Para o funcionali­smo, regra deve ser mais dura

Para os servidores, a regra de cálculo não seria alterada e partiria dos 70% do salário de contribuiç­ão

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Embora o governo do presidente Michel Temer tenha assentido com a redução no tempo mínimo de contribuiç­ão para a aposentado­ria pelo INSS para 15 anos, essa exigência pode permanecer mais dura para os servidores públicos, segundo fontes que participam das negociaçõe­s. Há a ideia de manter o requisito de 25 anos de contribuiç­ão para os regimes próprios de Previdênci­a.

Se essa proposta for levada adiante, não haveria necessidad­e de alterar a regra de cálculo para os servidores públicos, que continuari­am partindo dos 70% do salário de contribuiç­ão, a partir da exigência mínima de tempo. Isso também ajudaria a reforçar o discurso de “combate a privilégio­s”, que tem sido um dos motes do governo na retomada das articulaçõ­es pela reforma da Previdênci­a. No entanto, enfrentari­a forte resistênci­a das categorias do funcionali­smo.

Os porcentuai­s conquistad­os a cada ano pelos servidores públicos continuari­am em 1,5 ponto porcentual entre os 26 e 30 anos de contribuiç­ão; 2 pontos porcentuai­s entre os 31 e 35 anos de contribuiç­ão; e 2,5 pontos porcentuai­s a partir dos 36 anos de contribuiç­ão.

Em entrevista publicada ontem pelo Estado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou, sobre o impacto da reforma nos servidores, que “se tivermos capacidade de comunicar de forma correta, o servidor público vai entender que essa reforma não está tirando um real deles, está cobrando um pedágio para que a pessoa trabalhe mais, e é justo”.

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