‘ESTOU MAIS À VONTADE PARA COMPRA MAIOR’
Engenheira está otimista com economia e acredita que pode gastar mais na Black Friday
Aengenheira civil Sheila Silva dos Santos, de 38 anos, casada e sem filhos, se diz fã da Black Friday. Desde maio, ela adia a compra da geladeira nova para aproveitar a promoção. Ela tem se preparado para isso, fazendo uma poupança para comprá-la à vista.
O modelo de geladeira que Sheila pretende adquirir custa R$ 4.600. Como ela espera um desconto de 30% – o porcentual obtido no ano passado, quando levou para casa sofá e cama –, Sheila acredita que vai conseguir esse desconto. Com a economia, a engenheira planeja comprar também neste ano uma TV nova e um cooktop. “É como se eu comprasse geladeira e ganhasse TV e cooktop.”
Para saber se realmente a Black Friday é verdadeira, desde outubro Sheila monitora os preços dos eletroeletrônicos em quatro lojas online e participa de grupos destinados a isso nas redes sociais.
Além dos eletrodomésticos, a engenheira planeja comprar roupas que usa no dia a dia. No ano passado já foi assim. Ela gastou R$ 1.200 com itens de vestuário numa loja de departamentos. Neste ano, Sheila pretende repetir a dose. “Com certeza, as roupas são meu presente de Natal antecipado”, diz ela.
Entre roupas e eletroeletrônicos, a engenheira civil pretende gastar neste ano R$ 5.800. Na Black Friday do ano passado ela desembolsou R$ 4.200 com cama, sofá e roupas. “Hoje me sinto mais à vontade para fazer uma compra maior”, diz Sheila. Ao contrário dos últimos anos, ela acredita que será mais fácil de se recolocar se por acaso perder o emprego atual.
Essa mudança de cenário apareceu no próprio local de trabalho. “A construtora na qual trabalho vai lançar seis empreendimentos este ano. Em 2017, não houve nenhum lançamento.” Ela acrescenta também que vários amigos desempregados voltaram a se empregar na área, porém com salário menor.