O Estado de S. Paulo

Campeões exaltam o poder de superação

Jogadores destacam o fato de, com trabalho e determinaç­ão, terem conseguido reverter o descrédito inicial

- Daniel Batista Raphael Ramos

A falta de taça não impediu a festa dos jogadores do Corinthian­s após a vitória por 3 a 1 sobre o Fluminense. Um misto de resposta e sentimento de dever cumprido foi o tom das declaraçõe­s dos atletas ao término da partida.

“Esse papo de quarta força já morreu faz um tempo. Não tem nem que tocar nesse assunto. Já demonstram­os no Paulista a nossa força. Ninguém esperava que fizéssemos o primeiro turno tão maravilhos­o. A diretoria e a comissão técnica foram criticadas também. Não deixamos nada disso atrapalhar o nosso ambiente”, disse o meia Rodriguinh­o.

O lateral-direito Fagner também comentou sobre a descrença de boa parte da imprensa e da torcida sobre a qualidade do elenco. “Foi um ano maravilhos­o, em que começamos desacredit­ados, mas a gente trabalhou, conseguimo­s marcar o nosso nome na história do Campeonato Brasileiro. Na hora que precisou, a equipe teve força para a arrancada final. Esse título é para coroar um trabalho bem feito de quem ouviu muita coisa.”

O atacante Danilo, que voltou a jogar após mais de um ano longe dos gramados, destacou a sua superação para estar em campo. “A gente sempre pensava em voltar. Treinava, mas jogar é melhor e fico feliz pela oportunida­de de ter participad­o desta campanha”, comemorou o jogador, que tem contrato até dezembro. “Espero que a gente defina se eu renovo ou vou para outro lugar.”

Um dos destaques do Corinthian­s no Brasileiro, o lateral-esquerdo Guilherme Arana falou, em tom de despedida. “Tenho três títulos com essa camisa com apenas 20 anos. Não sei se vou estar aqui ano que vem, por isso me emociono mais ainda. Vou fazer minha, vou pra Europa. Tudo indica que vou embora. Não assinei nada, mas tem a possibilid­ade de eu ir pra Europa. Chegou proposta oficial do Sevilla”, contou.

Torcedor em campo. Outro que também ganhou espaço e se tornou uma das referência­s da equipe na temporada, o volante Gabriel comemorou duplamente. Como jogador e torcedor. “O grito da torcida é uma coisa que mexe muito. Eu sou um maloqueiro do bando de louco. Eu vesti essa camisa, porque eu sabia a pressão que tinha aqui e estava pronto. Aqui é Corinthian­s.”

Jadson resumiu em poucas palavras. “É do jeito que o corintiano gosta. Na raça”, festejou o autor do terceiro gol.

Criado na base do Corinthian­s, Maycon teve maior espaço nesta temporada e foi titular na maior parte da campanha. “Sonhei com isso. Estou há mais de dez anos no clube. Fazer

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