Uma montanha-russa de sensações na caminhada
Da desconfiança inicial à liderança na 5ª rodada, passando por um returno de torcer o nariz: assim foi a campanha
Poucas vezes um campeão brasileiro teve campanha com altos e baixos tão extremos como o Corinthians. Do primeiro turno imbatível, passando pela inexplicável derrocada na segunda metade do torneio, até o ressurgimento nas rodadas finais, o time de Fábio Carille fez o torcedor experimentar as mais diversas sensações.
A primeira delas foi a dúvida. Apesar de entrar no Brasileiro como campeão paulista, o Corinthians era visto com desconfiança pela torcida. O empate na estreia com a Chapecoense, em casa, reforçou o sentimento. As vitórias na sequência sobre Vitória, Atlético-GO e Santos, porém, embalaram a equipe, que chegaria à ponta na 5.ª rodada, com sua única goleada neste Nacional: 5 a 2 no Vasco.
Animado, o Corinthians disputou sua primeira “decisão” dia 25 de junho, no Sul, diante do segundo colocado Grêmio. A atuação segura e a vitória por 1 a 0, com gol de Jadson e pênalti defendido por Cássio, mudaram a sensação da torcida.
O contundente triunfo sobre o arquirrival Palmeiras por 2 a 0, fora de casa, dia 12 de julho, deu ao corintiano a impressão de que a equipe era “imbatível”. Passou-se um turno inteiro e a primeira derrota não veio. Eram 47 pontos. E 34 partidas de invencibilidade – entre todas as competições. Os rivais secavam. O gremista Renato Gaúcho ousou dizer que o time “despencaria”. Quase acertou.
Nos primeiros quatro jogos do returno, o Corinthians acumulou três derrotas, incluindo para Atlético-GO e Vitória no Itaquerão. Bahia, Botafogo e Ponte Preta se juntariam à lista de equipes que bateriam a equipe paulista. O ataque calou, a defesa já não tinha a mesma eficácia e tudo parecia prestes a desmoronar. Mas a vantagem na ponta foi mantida graças à incompetência dos rivais. O jogo-chave seria contra o Palmeiras, 32.ª rodada, em Itaquera. Ganhou por 3 a 2 e acabou com a graça dos postulantes ao título.