O Estado de S. Paulo

Alvinegro domina cenário nacional após título de 1990

A primeira taça demorou, mas de lá para cá, time ganhou sete vezes. Rivais não chegaram nem perto do número corintiano

- Wilson Baldini Jr.

Após ficar quase 23 anos na fila, sem título, o torcedor do Corinthian­s sofreu com as gozações dos adversário­s por causa do jejum de conquistas nacionais. A fase de secura chegou ao fim em 1990. De lá para cá, o alvinegro ganhou mais seis troféus. Nenhuma outra equipe conquistou tantos títulos nacionais neste período. Nos 27 anos de 1990 a 2017, o São Paulo terminou em primeiro lugar quatro vezes. O Palmeiras, seu maior rival, deu volta olímpica em três oportunida­des, enquanto o Santos conquistou a competição nacional duas vezes.

1990. A primeira conquista corintiana veio com um time limitado, mas de muita determinaç­ão. Ronaldo, Marcelo Djian, Wilson Mano, Tupãzinho e Neto eram os destaques do grupo. Nelsinho Baptista, o treinador.

Após campanha irregular na fase de classifica­ção, a equipe superou Bahia e Atlético-MG. Veio então a decisão com o São Paulo, de Telê Santana. O Corinthian­s venceu os dois jogos por 1 a 0, com direito a gol chorado de Tupãzinho no duelo decisivo dentro de um Morumbi com mais de 100 mil pessoas.

1998. Com Luxemburgo no comando, a torcida pôde acompanhar um dos melhores momentos da história do clube, com uma equipe que tinha Gamarra, Rincón, Vampeta, Ricardinho, Marcelinho Carioca e Edilson Capetinha. Após liderar a primeira fase, vieram os confrontos duros com Grêmio e Santos, que só foram decididos em três jogos. A final foi diante do Cruzeiro. Empate por 2 a 2 em Minas e nos dois encontros no Morumbi, um empate por 1 a 1 e vitória alvinegra por 2 a 0.

1999. O time perdeu Gamarra e Luxemburgo, que havia assumido a seleção brasileira, mas foi reforçado por Dida, Kleber e Luizão. Comandado por Oswaldo de Oliveira, passou no matamata por Guarani e São Paulo – com Dida pegando dois pênaltis de Raí. A final foi com o Atlético-MG: derrota por 3 a 2, vitória por 2 a 0 e empate em 0 a 0 deram o tri ao Corinthian­s.

2005. Na terceira edição dos pontos corridos, o campeonato foi marcado pela Máfia do Apito. O esquema do juiz Edilson Pereira de Carvalho foi flagrado e 11 partidas remarcadas. Carlitos Tevez e Nilmar garantiram jogos memoráveis para a torcida corintiana como os 7 a 1 sobre o Santos, no Pacaembu.

O experiente Antonio Lopes assumiu o comando da equipe na reta final e conseguiu levar o time na liderança com três pontos de vantagem sobre o Internacio­nal (81 a 78), que reclama até hoje de um pênalti não marcado em Tinga no empate por 1 a 1, também no Pacaembu.

2011. O ano começara de forma traumática para os corintiano­s com a desclassif­icação na pré-Libertador­es para o desconheci­do Tolima, da Colômbia. Com Tite no comando, o elenco não tinha craques, mas era muito dedicado taticament­e. Com uma campanha regular, obteve o quinto título nacional na última rodada com um empate sem gols com o Palmeiras.

2015. Mais uma vez com Tite dando as ordens, o Corinthian­s tinha poucos remanescen­tes do grupo campeão mundial em 2012. O time travou bela disputa com o Atlético-MG até conseguir uma grande vitória em Minas por 3 a 0. Celebrou a taça ao empatar com o Vasco, no Rio.

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ACERVO/ESTADÃO-16/12/1990 Comandante. Neto foi o herói do primeiro título

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