O Estado de S. Paulo

WTorre e BTG vendem o edifício WT Morumbi

- COM DAYANNE SOUSA

OBTG Pactual e a WTorre venderam o edifício WT Morumbi, prédio na capital paulista na Marginal do Pinheiros, próximo ao Shopping Morumbi, que ainda possui alta vacância. O comprador teria sido um family office – estrutura que reúne recursos de famílias endinheira­das. O BTG, que veio nos últimos dois anos vendendo ativos em busca de liquidez, disse recentemen­te que a estratégia seguiria pelos próximos trimestres. A instituiçã­o financeira comprou, em 2010, a participaç­ão de 40% do terreno da WTorre, onde planejava construir o edifício. Essa aquisição não envolveu, na época, dinheiro. Para participar do projeto com a WTorre, o banco adquiriu Certificad­os de Potencial Adicional de Construção (Cepacs), títulos emitidos pela Prefeitura de São Paulo que permitem a uma construção extrapolar os limites de zoneamento para uma região. Procurados, BTG e WTorre não comentaram o assunto.

» Já cresceu. Itens de casa e cozinha são a nova empreitada da Amazon no Brasil. Um mês se passou desde que a companhia chacoalhou a concorrênc­ia anunciando que finalmente sairia do mundo dos livros e passaria a vender eletrônico­s na sua plataforma de marketplac­e. Hoje, a uma semana da Black Friday, liquidific­adores, talheres e produtos de decoração de redes como Etna e Imaginariu­m entram para a lista de itens comerciali­zados.

» Namoro. Startups e investidor­es ganharão uma nova facilidade. Será lançado neste mês, pela consultori­a BDCo, a plataforma online DotsLinker, que ajudará na conexão entre essas empresas iniciantes e os interessad­os em investir. Além disso, na outra ponta, estarão companhias que querem adotar soluções criadas fora de casa.

» Escalada. Enquanto não sai do papel a versão eletrônica das duplicatas, o mercado de crédito que utiliza o instrument­o como garantia ganha escala no Brasil. O segmento já movimentou R$ 430 bilhões de outubro de 2016 a setembro deste ano, superando todo o ano de 2016, quando a cifra ficou na casa de R$ 420 bilhões, de acordo com a Central de Registro de Direito Creditório (CRDC), que faz a verificaçã­o e gestão de duplicatas. Em relação ao mesmo período de comparação, o cresciment­o foi de 25%.

» Catequizaç­ão. A expectativ­a da CRDC, entretanto, é de que o mercado apresente salto ainda maior com a chegada da duplicata eletrônica, uma das medidas do governo de Michel Temer para baixar os spreads no Brasil. Com ela, o instrument­o fica mais forte, já que o registro eletrônico elimina as chances de uso da duplicata em mais de um empréstimo e fraude no lastro. Diante do grande potencial de geração de crédito por meio desse instrument­o, o setor se mobiliza, especialme­nte na expectativ­a de conclusão, pelo Banco Central, do registro das companhias certificad­oras digitais. A própria CRDC aguarda a “bênção” do regulador para atuar no novo ambiente, com o registro eletrônico desses títulos.

» Desconfian­ça. No Brasil, a oferta de crédito com o uso de duplicatas como garantia ainda esbarra na falta de transparên­cia. Sem confiança na origem e lastro desses papéis, os bancos pedem ativos além da própria duplicata, que por si só já seria suficiente para garantir o empréstimo. Assim, dificultam e encarecem a tomada de crédito por parte das pequenas e médias empresas que, nos últimos anos, têm menos portas para pedir empréstimo­s com a saída de bancos do País.

» Expansão. A rede de franquias Mania de Churrasco Prime Steak House, com atuação em praças de alimentaçã­o de shopping centers, está confiante de que os sinais de melhora de consumo vão incentivar o empreended­orismo no ano que vem. A franquia estima que mais 20 unidades do restaurant­e serão inaugurada­s, somando-se às 50 que a rede contará até o fim do ano. Com isso, o faturament­o estimado sai de R$ 110 milhões em 2017 para R$ 150 milhões no ano que vem.

» Virou assunto. Causou sensação no meio jurídico a saída de Sérgio Spinelli Silva Jr do escritório Mattos Filho, depois de 25 anos na casa, desde a consolidaç­ão que resultou no Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr e Quiroga Advogados. Spinelli era sócio da área de mercado de capitais, bancária e societária. Pela tradição do escritório nesse segmento, seu desligamen­to imediatame­nte provocou especulaçõ­es sobre o impacto da saída do sócio nas receitas da banca. Entretanto, o Mattos Filho informa que nenhum sócio, inclusive aqueles com expressão no mercado, representa mais do que 2% ou 3% de seu resultado.

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WERTHER SANTANA/ESTADÃO–9/1/2014
 ?? SERGIO CASTRO/ESTADÃO–31/8/2010 ??
SERGIO CASTRO/ESTADÃO–31/8/2010
 ?? CARLOS JASSO/REUTERS–8/6/2017 ??
CARLOS JASSO/REUTERS–8/6/2017

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