O Estado de S. Paulo

Mercado prevê rombo de R$ 157 bilhões

- Eduardo Rodrigues / BRASÍLIA

Analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Ministério da Fazenda preveem que o governo fechará suas contas, este ano e em 2018, com rombo menor do que a meta fiscal estabeleci­da, que é de um déficit de R$ 159 bilhões. De acordo com o boletim Prisma Fiscal de novembro, divulgado pela Secretaria de Política Econômica (SPE), a mediana das previsões passou de um déficit de R$ 158,430 bilhões para R$ 157,413 bilhões, também negativo.

Já para 2018, a projeção de mercado de déficit de R$ 156,406 bilhões deixa uma certa folga para a meta, que também é de déficit de R$ 159 bilhões. No boletim de outubro, as previsões indicavam o saldo negativo de R$ 155,613 bilhões para o próximo ano.

O Prisma deste mês revisou para cima as previsões do mercado para a arrecadaçã­o das receitas federais em 2017, com a estimativa passando de R$ 1,335 trilhão para R$ 1,337 trilhão. Para 2018, a projeção para a arrecadaçã­o voltou a subir, de R$ 1,448 trilhão para R$ 1,450 trilhão.

A estimativa para a receita líquida do Governo Central neste ano passou de R$ 1,140 trilhão para R$ 1,141 trilhão, enquanto para o próximo ano recuou de R$ 1,215 trilhão para R$ 1,213 trilhão.

Já pelo lado do gasto, a projeção de despesas totais do Governo Central este ano caiu de R$ 1,296 trilhão para R$ 1,295 trilhão. Para 2018, a estimativa diminuiu de R$ 1,366 trilhão para R$ 1,365 trilhão.

A mediana das projeções dos analistas do Prisma para a Dívida Bruta do Governo Geral ao fim de 2017 passou de 75,44% do PIB para 75,11% do PIB. Para 2018, a estimativa que estava em 77,80% do PIB em outubro caiu para 77,00% do PIB no relatório de hoje.

Curto Prazo. O Prisma também atualizou as projeções fiscais para este e os próximos dois meses. Para novembro, a estimativa de déficit primário passou de R$ 19,815 bilhões para R$ 19,429 bilhões.

Para dezembro, a previsão de saldo negativo piorou de R$ 28,072 bilhões para R$ 29,425 bilhão. Para janeiro do próximo ano, a projeção de superávit primário passou de R$ 17,960 bilhões para R$ 17,053 bilhões.

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