Visionário, fundador do AC/CD inspirou muitos de sua geração
O guitarrista sofria de demência e estava afastado da banda que criou com o irmão, em 1973, desde 2014
Malcolm Young, guitarrista e fundador da banda australiana AC/DC, pioneira do hard rock, morreu na manhã de ontem, 18, aos 64 anos, “pacificamente com a família a seu lado na cama”, informou a banda em nota nas redes sociais.
“Reconhecido por sua proeza musical, Malcolm era compositor, guitarrista, artista, produtor e visionário que inspirou muitos. Desde o início, ele sabia o que queria alcançar e, junto com o irmão mais novo, levou aos palcos de todo mundo tudo de si em todos os shows. Nada menos faria por seus fãs”, disse o AC/DC em nota.
O guitarrista estava afastado da banda desde 2014 porque apresentava um quadro de demência que fazia com que ele tivesse perda total da memória. Malcolm deixa a mulher O’Linda, os filhos Cara e Ross e três netos. A família pediu que, em vez de flores, os fãs fizessem doações para o Exército da Salvação.
Em outubro, a família Young havia perdido também o irmão George, mentor da banda. “Sem sua ajuda e orientação, o AC/DC não existiria”, dizia o comunicado do dia 23 de outubro. Ele tinha 70 anos.
Em 2015, sem Malcolm, o AC/DC apresentava uma volta à velha forma com o novo disco Rock or Bust, mas a ausência do membro fundador já era sentida nas canções. Em 2016, o baixista Cliff Williams deixou a banda.
Nascido em 6 de janeiro de 1953 na cidade escocesa de Glasgow, Malcolm emigrou com parte de sua família para a Austrália, em 1963. Fundou o grupo de hard rock com Angus e George, em Sydney, em 1973, e três anos depois eles se mudaram para Londres, onde começaram a carreira internacional.