O Estado de S. Paulo

ATÉ 90, FLA ERA EXEMPLO PARA O CORINTHIAN­S

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Até o fim da década de 1980, era o Flamengo que dava o exemplo. O time do Rio arrastava multidões. Era cheio de títulos nacionais e internacio­nais e referência no exterior. O Corinthian­s também tinha torcida, mas amargava jejuns e era forte só em São Paulo. Mas tudo se inverteu em menos de 20 anos.

Antes de conquistar o Brasileiro de 1990, o Corinthian­s não havia festejado nenhum troféu relevante de âmbito nacional ou internacio­nal. Havia piadas sobre isso. Os rivais batiam pesado e não perdoavam.

O Flamengo aproveitou bem a época de Zico, Júnior e companhia e cansou de levantar taças neste período. Foram três Brasileiro­s (1980, 82 e 83) e a Copa União de 1987, além do Mundial de Clubes e Libertador­es em 81.

Em 1990, o Flamengo ainda ganhou uma Copa do Brasil antes de o time paulista comandado por Nelsinho Baptista derrotar o São Paulo na decisão do Brasileiro, com gol de Tupãzinho, e dar início a uma nova era de orgulho para os corintiano­s.

De lá para cá foram sete Brasileiro­s (1990, 98, 99, 2005, 11, 15 e 17), três Copas do Brasil (1995, 2002 e 09), uma Libertador­es (2012) e dois Mundiais (2000 e 2012). “O título de 90 é um marco. Colocou o time em outro patamar e, desde então, não paramos de crescer”, diz o presidente Roberto de Andrade.

Na contramão de sua grandeza, o Flamengo comemorou a Mercosul de 1999, os Brasileiro­s de 1992 e 2009 e as Copas do Brasil de 2006 e 2013. As duas equipes de maiores torcidas do País vivem momentos opostos sob o ponto de vista nacional, mas continuam fortes em seus respectivo­s Estados. O Fla conquistou oito Campeonato­s Cariocas e o Corinthian­s venceu 12 vezes o Paulistão.

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