Gestora IG4 e Schiphol negociam Viracopos
Agestora de investimentos IG4 e a operadora holandesa de aeroportos Schiphol negociam com bancos e com o governo uma operação de mudança no controle e a capitalização do Aeroporto de Viracopos. As conversas já teriam ocorrido com o Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As negociações não envolvem os controladores de Viracopos, a Triunfo e a UTC, que juntos têm 51% do aeroporto, enquanto a Infraero é detentora do restante. Mesmo porque, o consórcio que levou o aeroporto já havia anunciado, em julho, a intenção de devolver a concessão. A Triunfo está em recuperação extrajudicial e a UTC, em judicial. Os recursos para viabilizar a operação viriam dos fundos de private equity da IG4 e ainda do fundo norte-americano Cerberus Capital Management. Ambos são especializados em ativos problemáticos.
» Réplica. A operação com Viracopos seguiria o mesmo modelo usado pela IG4, em parceria com Bradesco e Banco Votorantim, na aquisição da CAB Ambiental (atual Iguá Saneamento), do grupo Galvão Participações, no meio do ano. Assim, as participações de Triunfo e UTC seriam convertidas em cotas do fundo e os controladores seriam afastados do aeroporto.
» Mais conversas. Nesta semana, o IG4 se reunirá com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para tratar do assunto. Procurado, o BNDES informou que as conversas são preliminares. Já os demais bancos não se manifestaram.
» Alívio. A geração distribuída de energia deu uma contribuição valiosa para evitar uma queda ainda maior do nível de água nos reservatórios das hidrelétricas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. De acordo com cálculo da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), se não houvesse a geração de energia próxima dos centros de carga, os níveis dos reservatórios estariam 13 pontos porcentuais abaixo dos patamares atuais. Na quinta-feira da semana passada, o subsistema Sudeste/Centro-Oeste registrava nível de armazenamento de 17,92%.
» Ajuda da cana. A Cogen defende que a cogeração movida a biomassa de cana-de-açúcar poderia ajudar ainda mais a recuperar esses reservatórios, se o governo flexibilizasse o cálculo da garantia física dessas usinas, o que significa alterar o volume de eletricidade que se pode vender em contratos. Pelos cálculos da entidade, o segmento poderia injetar mais 400 MW médios no ano de 2018, se o governo adotasse a medida sugerida, favorecendo usinas que potencialmente poderiam gerar mais energia do que o definido atualmente.
» Ajuste. Dando sequência ao realinhamento de sua dívida em bônus emitidos no exterior, o BTG Pactual prepara uma nova captação com papéis com vencimento em cinco anos e troca de bônus mais antigos. A nova operação deve ser emplacada no mercado externo em dezembro. Os estruturadores das operações já foram escolhidos. O momento é positivo, de acordo com profissionais do mercado de dívida, mas a janela, curta, dadas as variáveis de incerteza aqui e lá fora.
» Já foi. O BTG Pactual está recomprando bônus e executando um programa de recompra de ações desde 2015. No dia 1.º de dezembro, será concluída a oferta para recompra de até US$ 390 milhões em bônus perpétuos. Já foram cancelados US$ 300 milhões em bônus seniores com vencimento em 2020, de uma emissão de US$ 1 bilhão; e US$ 350 milhões de bônus subordinados nível II com vencimento em 2022, de uma emissão de US$ 850 milhões. Procurado, o BTG não comentou.
» Sacola cheia. O varejo está em rota positiva e a expectativa do setor é de que esse movimento se mantenha nos próximos meses, apontou o Indicador Movimento do Comércio, da Boa Vista SCPC. Os números de outubro mostraram crescimento de 5,6% nas vendas do varejo em todo o Brasil quando comparadas ao mesmo mês do ano passado. Em relação a setembro, a variação foi de pequena retração, de 0,4%. O indicador vem gradualmente se recuperando desde novembro de 2016, após dois anos de retração.
» No bolso. A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), órgão que regula os fundos de pensão, apresentará, em uma reunião interna amanhã, proposta para aumentar as penalidades impostas a dirigentes das fundações, que hoje têm um teto de R$ 40 mil. A ideia é que a multa majorada, que virá via decreto sancionador, efetivamente iniba atos ilícitos.
» Luz no fim do túnel. O IFC, braço financeiro do Banco Mundial, trabalhará com o município do Rio de Janeiro para desenhar uma parceria público privada (PPP) para modernizar a rede de iluminação da cidade, reduzir o consumo de energia e promover eficiência energética. O orçamento estimado é de R$ 1,93 bilhão.