O Estado de S. Paulo

Deputados reagem a mudança de nome e estatuto de sigla

- / G.A.

A mudança de nome e estatuto tem encontrado resistênci­a dentro do próprio Patriota/PEN. Dois deputados da sigla, Junior Marreca (MA) e Walney Rocha (RJ), entraram com pedido de impugnação contra as alterações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Dois pontos incomodam os parlamenta­res: os poderes concedidos ao deputado Jair Bolsonaro (presidente de honra do Patriota sem ter se filiado formalment­e à sigla) e a impossibil­idade, de acordo com o novo estatuto, de coligações com partidos considerad­os de “extrema esquerda”, como PT e PCdoB.

Rocha, que é Presidente Nacional do Conselho do PEN, afirma que a convenção que decidiu sobre o novo estatuto foi convocada de forma irregular. Ao invés de ser chamada com uma semana de antecedênc­ia foi informada por com apenas três dias.

O deputado fluminense ainda se diz incomodado com os “superpoder­es” de Bolsonaro – que já tem indicado nomes para ocupar cargos-chave em diretórios. Além disso, com a entrada da família Bolsonaro no partido, Rocha terá de dividir espaço com eles no Estado.

Já Marreca, que é vice-presidente nacional do partido, reclama da norma que proíbe coligações com partidos de esquerda. No Maranhão, ele é aliado do governador Flávio Dino (PCdoB).

Bolsonaro e sua assessoria não respondera­m os questionam­entos da reportagem. O presidente da legenda, Adilson Barroso, diz que não houve nenhuma irregulari­dade na constituiç­ão do novo estatuto e que os deputados que estão reclamando “deveriam se preocupar mais em unir do que desunir o partido”.

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