O Estado de S. Paulo

VIADUTO NOVO, COM CALÇAMENTO VELHO

Recuperaçã­o de pastilhas, diz prefeito, é lenta

- Priscila Mengue

Oprefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), entregou ontem as obras de revitaliza­ção do Viaduto Santa Ifigênia, na região central. O espaço passou por limpeza e pintura, além da reforma das escadarias, da troca de lâmpadas e da instalação de cinco câmeras. A parte superior do viaduto, porém, ainda tem dezenas de buracos, por causa do descolamen­to das pastilhas do calçamento.

Doria disse que “pequenos reparos” ainda deverão ser concluídos. E a fábrica que produz a pastilha, segundo ele, não existe mais. “Então está sendo feita manualment­e uma recuperaçã­o que reproduz as pastilhas, mas sem as pastilhas”, afirmou. “É um trabalho mais lento, mas não estabelece interdição no uso e na acessibili­dade das pessoas que caminham pelo viaduto.”

Os buracos estão em quase toda a via. O problema foi levado a Doria pela desemprega­da Elizabeth Nascimento, de 50 anos. Moradora do centro, ela precisou pedir a ajuda de pedestres para levantar sua cadeira de rodas quando ficou presa em um buraco. “Se é para fazer uma reparação, tem de ser uma reparação inteira”, disse ao Estado.

A recuperaçã­o do viaduto foi anunciada em maio e tinha a entrega prevista para outubro. Mas o calçamento não estava incluído. Segundo a Prefeitura, a obra tem custo de R$ 1,1 milhão, bancado pela iniciativa privada.

Calçamento. Em 2 de janeiro, a Prefeitura pretende dar início a um programa de pavimentaç­ão de calçadas do centro. O plano é substituir o calçamento de pedra portuguesa por concreto na maioria das vias, exceto nas áreas em torno de imóveis tombados, que continuarã­o com o revestimen­to atual.

O projeto será acompanhad­o pelo Departamen­to do Patrimônio Histórico e, segundo Doria, tem o objetivo de “recuperar o piso e melhorar a acessibili­dade”, principalm­ente no entorno de terminais de ônibus. O programa será dividido em três partes: entorno do Largo São Bento (com 11 mil m²); proximidad­es do Pátio do Colégio (cerca de 30 mil m²); e região da República.

A primeira fase deve ir até meados de abril. Empresas, segundo a Prefeitura, já manifestar­am interesse em participar do projeto, que deve ter o custo inicial de R$ 3 milhões.

A Prefeitura pretende ainda concluir a revitaliza­ção da Praça Ramos de Azevedo em dezembro e começar o restauro do Viaduto do Chá no início do ano que vem, com ajuda do setor privado.

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TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO Queixa. Local passou por limpeza e pintura, mas ainda tem dezenas de buracos

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