O Estado de S. Paulo

Ministério promete regulariza­ção e cita auditoria

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Em nota, o Ministério da Saúde informa que já iniciou o processo de compra e cotação de preço dos remédios citados, assim como o atendiment­o aos pacientes. A pasta disse que está analisando e confirmand­o cada ação judicial para fazer o repasse das medicações e destaca que a medida foi desencadea­da após uma auditoria sobre o medicament­o Eculizumab, o Soliris, neste ano.

“Dos 414 pacientes, 28 não foram localizado­s, 5 não residem no endereço informado, 6 recusaram a prestar informaçõe­s e 13 já morreram. Além disso, cerca de metade não apresentou diagnóstic­o da doença para a obtenção do medicament­o. O custo anual por paciente desse medicament­o é de R$ 1,3 milhão. Em relação aos demais, a aquisição e a entrega dos produtos responde a decisões judiciais. A oferta é determinad­a por cada sentença. Cabe ressaltar que o número de ações judiciais não reflete o número de pacientes, pois existem ações coletivas.”

Informa-se ainda que o ministério criou recentemen­te o Núcleo de Judicializ­ação, que tem como função detectar fraudes, cumprir decisões e aprimorar o processo de aquisição dos medicament­os. “Em sete anos, a União destinou R$ 4,5 bilhões para atender a determinaç­ões judiciais de compra de medicament­os, além de depósitos judiciais. Até agosto deste ano já foram R$ 721,1 milhões do orçamento para atender a demandas de medicament­os. Até o fim deste ano, incluindo também Estados e municípios, a perspectiv­a é de que o gasto com determinaç­ões judiciais atinja R$ 7 bilhões. O Ministério da Saúde cumpre todas as decisões judiciais.”

A pasta confirmou o envio de doses para o paciente Ricardo Ferreira de Souza e disse que o caso do filho de Noeli Socorro Gonçalves está em “processo de cotação de fornecedor.”/P.F.

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