Imunoterapia apresenta avanços contra leucemia
Uma nova terapia de modificação genética foi capaz de combater a leucemia em pacientes que já haviam tentado sem sucesso outros tratamentos, indica estudo publicado anteontem na revista Nature Medicine.
A pesquisa, conduzida pelo Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, é o mais recente avanço da imunoterapia, campo em que o sistema imunológico do paciente é acionado para atacar o câncer. A descoberta tem por base dois tratamentos similares aprovados neste ano naquele país: o Kymriah, da Novartis, para leucemia, e o Yescarta, da Kite Pharma, para linfomas. No caso do Kymriah e o Yescarta, são removidas milhões de células T – células brancas do sangue que combatem doenças.
Após a remoção, essas células são modificadas geneticamente para buscar e destruir células cancerígenas. As células T são, então, reinjetadas no paciente para atacar moléculas de proteína chamadas CD19 encontradas nas células malignas em muitos tipos de câncer e linfoma.
O novo tratamento é diferente sob muitos aspectos: as células T são programadas para atacar um outro alvo da célula maligna: o CD22. A nova técnica, ainda em fase experimental, poderá ser adotada sozinha ou usada com uma combinação de tratamentos – de modo similar a coquetéis antivirais para a aids ou o uso de múltiplas drogas de quimioterapia para o câncer –, aumentando as probabilidade de acabar com a doença.