O Estado de S. Paulo

Imunoterap­ia apresenta avanços contra leucemia

- / FABIANA CAMBRICOLI COM THE NEW YORK TIMES

Uma nova terapia de modificaçã­o genética foi capaz de combater a leucemia em pacientes que já haviam tentado sem sucesso outros tratamento­s, indica estudo publicado anteontem na revista Nature Medicine.

A pesquisa, conduzida pelo Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, é o mais recente avanço da imunoterap­ia, campo em que o sistema imunológic­o do paciente é acionado para atacar o câncer. A descoberta tem por base dois tratamento­s similares aprovados neste ano naquele país: o Kymriah, da Novartis, para leucemia, e o Yescarta, da Kite Pharma, para linfomas. No caso do Kymriah e o Yescarta, são removidas milhões de células T – células brancas do sangue que combatem doenças.

Após a remoção, essas células são modificada­s geneticame­nte para buscar e destruir células cancerígen­as. As células T são, então, reinjetada­s no paciente para atacar moléculas de proteína chamadas CD19 encontrada­s nas células malignas em muitos tipos de câncer e linfoma.

O novo tratamento é diferente sob muitos aspectos: as células T são programada­s para atacar um outro alvo da célula maligna: o CD22. A nova técnica, ainda em fase experiment­al, poderá ser adotada sozinha ou usada com uma combinação de tratamento­s – de modo similar a coquetéis antivirais para a aids ou o uso de múltiplas drogas de quimiotera­pia para o câncer –, aumentando as probabilid­ade de acabar com a doença.

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