O Estado de S. Paulo

Prefeitura diz que dívida da USP trava convênio com HU

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A Prefeitura de São Paulo informou que a Universida­de de São Paulo (USP) está inadimplen­te com o Município, o que inviabiliz­a a contrataçã­o de médicos para o Hospital Universitá­rio (HU). O convênio era a principal aposta da reitoria da instituiçã­o para recompor o quadro de servidores e aumentar o número de atendiment­os. Ontem, a unidade fechou o pronto-socorro infantil.

Procurada, a universida­de não se posicionou sobre a suspensão dos atendiment­os ou sobre a assinatura do convênio. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, foi verificado ontem que a USP está inscrita no Cadastro Informativ­o Municipal (Cadim), o que impede novos repasses pelo Município, como a contrataçã­o de médicos para atuar no pronto-socorro do HU.

O promotor Artur Pinto Filho diz que vai agendar nova reunião para os próximos dias em busca de uma solução para o HU. “É a única unidade da região que oferece atendiment­o médico dessa complexida­de. A população não pode ficar desassisti­da”, afirma.

Lavínio Camarim, presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremesp), diz que a entidade planeja uma fiscalizaç­ão no HU, já que há uma preocupaçã­o com as condições de trabalho e atendiment­o à população. “A proposta mais concreta que havia para amenizar a situação foi inviabiliz­ada. Estamos preocupado­s e com receio do fechamento de outras especialid­ades médicas.”

Alunos de Medicina já estão há oito dias em greve contra a redução de atendiment­os na unidade. “A situação vem se agravando. Nem reitoria nem a superinten­dência do HU respondem aos questionam­entos do Cremesp. Não é a atitude esperada de quem ocupa cargos públicos dessa monta”, critica Camarim./I.P.

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