Recuperação da Eletrosom é questionada por credor
Credora de cerca de R$ 2,3 milhões da varejista mineira Eletrosom, a Esplanada, fabricante de colchões, voltou a questionar a recuperação judicial do grupo. Em ação, a credora cita que a empresa não cumpriu requisitos legais, como ter comprovado a “contornabilidade da alegada má situação econômica enfrentada pelo grupo” e informado a “relação patrimonial das empresas e dos sócios”. O credor chegou a pedir, inclusive, destituição do administrador da recuperanda. A Eletrosom diz que o processo não tem nada de ilícito e que há má-fé por parte do credor. A situação está em pé de guerra: a PwC, administradora da recuperação judicial, rebateu as acusações, alegando que são inverídicas e que estuda, inclusive, “medidas legais de natureza cível e criminal contra a Esplanada”. A Esplanada chegou a pedir suspensão de assembleia de credores, o que foi negado pelo Ministério Público de Minas Gerais. » Outro ponto. Ainda na Justiça, os advogados da Esplanada tentam provar que uma única advogada foi contratada para representar determinados credores e por, “conseguinte, de votar a favor do plano de recuperação que detém cláusulas que são demasiadamente prejudiciais aos demais credores”. A PWC nega tal acusação e diz que a mesma é “esdrúxula, irresponsável e desprovida de provas”. Os advogados da Eletrosom, em petição, respondem que a representação expressiva de credores por um mesmo profissional é “um exercício regular da profissão” e que foi cobrado para isso um porcentual de 10% sobre o valor do crédito. também estuda acessar o mercado de dívida externa. As conversas com advogados e bancos já começaram. Mas pode ser que a emissão fique para 2018. A operação traria um pouco mais de conforto aos vencimentos que estão por vir. A perspectiva é de uma captação “barata”, já que os bônus da empresa têm sido negociados no mercado secundário de dívida em bons níveis de preço. Procurada, a Votorantim Cimentos diz que não há nenhuma captação externa confirmada, mas que monitora o mercado e avalia oportunidades constantemente.
» Demorou. Passados quase quatro anos desde que desembolsou cerca de R$ 2,8 bilhões pela Credicard, o Itaú Unibanco anunciou ontem, 21, o primeiro cartão da marca. Com isenção total de anuidade, o produto também é uma tentativa do banco para combater a legião “Nubank”, que tem tirado clientes das grandes instituições com o discurso de menor tarifa. O cartão do Itaú permite aos usuários a gestão de gastos de forma automática por meio de um aplicativo de celular, mas, diferentemente do concorrente, não cobrará pelo programa de benefícios, que inclui descontos em lojas online.
» Fora. Às vésperas da Black Friday, pesquisa mostra que o paulistano foi quem mais utilizou empréstimos para pagar compras que não couberam no orçamento do primeiro semestre. Eles responderam por 29,8% de um total de 10 mil empréstimos tomados para quitar compras que estavam em atraso, segundo o Mapeamento Simplic do Crédito Online.
» Atrasados. Mineiros (11,5%), fluminenses (9,40%), baianos (5,9%) e paranaenses (4,2%) vêm em seguida. O Mapeamento Simplic do Crédito Online mostra ainda que um a cada três brasileiros que recorreu a empréstimos precisou da renda extra para conseguir fechar o mês no azul.
» Desandou. Depois de muitas transações relevantes, como Vigor e Eldorado neste ano, o volume de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) no Brasil deve cair 14% em 2018 para US$ 46,43 bilhões, segundo levantamento do escritório Baker McKenzie, parceiro global do brasileiro Trench Rossi Watanabe, em conjunto com o Oxford Economics. O pico das operações, por outro lado, segundo o Global Transactions Forecast 2018, deverá ocorrer em 2019, quando são esperados US$ 60,976 bilhões dessas transações. A projeção, ainda, é que neste ano o valor transacionado encerre em US$ 53,823 bilhões, 148% acima de 2016. » Novos ares. O ex-Banco do Brasil, Alberto Monteiro, vai liderar a área de gestão de private banking do Santander, segmento onde o banco espanhol tem ambição em crescer. O reforço no Santander vem quase um ano após a chegada do ex-Tarpon Miguel Ferreira, que comanda a asset do banco. Monteiro estava à frente da vice-presidência de gestão financeira e de relações com investidores do BB há pouco mais de um ano e meio.