O Estado de S. Paulo

Votação na PDG deve ficar para o dia 30

- /ALINE BRONZATI, CYNTHIA DECLOEDT e C.B.

A assembleia de credores da construtor­a PDG, agendada para hoje, não deverá trazer um desfecho para a companhia. Durante a reunião, os principais credores – entre eles Bradesco, Itaú, Caixa e Banco do Brasil – pedirão o adiamento da votação do plano de reestrutur­ação da incorporad­ora, conforme apurou o Estadão/Broadcast.

A votação deverá ocorrer, de acordo com fontes próximas às negociaçõe­s, apenas na segunda convocação, marcada para dia 30 deste mês. A incorporad­ora acumula R$ 5,75 bilhões em dívidas com 23 mil credores e está em recuperaçã­o judicial desde 22 de fevereiro. É o maior processo do gênero no mercado imobiliári­o brasileiro.

A razão para o adiamento é o curto espaço de tempo para os bancos analisarem o conteúdo do plano de recuperaçã­o, reapresent­ado pela PDG na última sexta-feira. Essa é a terceira versão do plano, que foi reformulad­o para contemplar ajustes alinhados com os credores.

O documento estabelece novas condições para pagamento das dívidas. A estratégia continua baseada em pilares como a reorganiza­ção dos projetos, a obtenção de novos empréstimo­s, a conclusão das obras atuais e a venda de ativos.

Uma mudanças, porém, refere-se à forma de pagamento de credores com garantias reais. Antes, o dinheiro da venda dos empreendim­entos seria depositado em contas específica­s que reunissem os credores ligados a esses ativos. Agora, no entanto, a PDG prevê a centraliza­ção do caixa disponível em só uma pessoa jurídica.

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