O Estado de S. Paulo

Problemas no cabeçote

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Meu Fiesta 2014, do qual sou o primeiro dono, tem cerca de 30 mil km rodados e todas as revisões em dia. Há três semanas, levei-o para a inspeção de 42 meses. O nível do líquido de arrefecime­nto do motor estava baixo. A autorizada verificou que o problema não estava no radiador ou nas mangueiras, mas no cabeçote, que estava empenado e com a junta queimada. Foi-me apresentad­o um orçamento de R$ 1.100, mais o custo da revisão. Questionei a Ford como um carro com tão pouca idade poderia apresentar esse problema. A resposta dada pela central foi que a concession­ária não detectou defeito de fabricação e, como a garantia contratual havia expirado, eu teria de arcar com o ônus. Eu não esperava outra atitude da Ford, que agiu com o costumeiro desprezo pelo consumidor. Minha queixa não mudará a posição da marca, mas vale como alerta para os leitores: evitem os carros da Ford.

Saulo Lábaki Agostinho, CAPITAL

Ford responde: o reembolso do valor gasto pelo cliente com a retífica do cabeçote foi negado porque a garantia contratual do veículo está expirada e o problema não é reincident­e, já que durante os três anos de garantia não houve registro de defeitos em componente­s do motor.

O leitor diz que ficou decepciona­do com a Ford e vai vender o carro assim que possível.

Advogado: a montadora só se isentaria do ônus do reparo nos casos de mau uso, desgaste natural das peças ou queixa feita pelo consumidor após mais de 90 dias da constataçã­o do defeito. Fora dessas hipóteses, a cobrança pelo serviço é indevida e, portanto, o valor deve ser devolvido em dobro ao consumidor.

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