O Estado de S. Paulo

Políticos reagem à aprovação a Huck em pesquisa

- COM NAIRA TRINDADE E LEONEL ROCHA

Lula afirmou que quer “disputar com alguém com o logotipo da Globo na testa” e Geraldo Alckmin disse que novas lideranças são “positivas”. Barômetro Político Estadão-Ipsos mostra Huck com 60% de aprovação. Segundo a Coluna do Estadão, apresentad­or encomenda pesquisas sobre 2018.

Oapresenta­dor Luciano Huck tem acesso a pesquisas mensais para avaliar a sua viabilidad­e eleitoral. Desde julho, ele recebe os relatórios que mês a mês testam seu desempenho. Os dados revelam cresciment­o na intenção de voto no apresentad­or, que estuda se filiar ao PPS para disputar a eleição presidenci­al de 2018. Em julho, no pior cenário para ele, que inclui o ex-presidente Lula, Huck tinha 8%; hoje ele está com 11%. Sem o petista, o cresciment­o foi de 9% para 14%. A pesquisa quantitati­va foi encomendad­a por Huck para consumo interno.

» Fresquinha. O levantamen­to mais recente saiu nesta semana. Nele, Huck está em 4.º lugar. No cenário sem Lula, o apresentad­or empata com Marina Silva (Rede) em 2.º. Nesse caso, Bolsonaro está em 1º.

» Pop. Os dados mostram que Huck cresce nas regiões periférica­s nas classes C e D e nas cidades do interior do Nordeste na classe C. Os números têm sido guardados a sete chaves pelo grupo do apresentad­or e o ajudarão a tomar uma decisão sobre 2018.

» Cortina de fumaça. As informaçõe­s de que Huck decidiu não disputar a eleição de 2018 têm o objetivo de arrefecer a pressão em cima dele, que aumentou após a pesquisa Barômetro Político Estadão-Ipsos revelar que sua aprovação é de 60%. A interlocut­ores diz que martelo não foi batido.

» Voo raso. A candidatur­a do governador Geraldo Alckmin ao Planalto não entusiasma a ala do PMDB ligada a Michel Temer. A avaliação é de que o tucano não decolou. Também há dificuldad­es porque Alckmin negou apoio a Temer para derrubar as denúncias.

» Desconfiad­os. O nome de Luciano Huck não é levado a sério na ala palaciana do PMDB. Acham que o eleitor é conservado­r e vai votar em alguém da política. O prefeito João Doria, embora no banco de reservas, não foi descartado, mas depende dele se colocar de novo no jogo.

» No jogo. Quem entusiasma o grupo de Temer hoje é o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio. A avaliação é de que o tucano atrairia mais apoios que Alckmin, embora tenha menor chance nas pesquisas.

» Gratidão. Na conversa com Antonio Imbassahy, quarta, em que o manteve mais um pouco no cargo, Temer disse que valoriza a relação pessoal, a lealdade e os resultados. Ele não perdeu votação no Congresso.

» A seu tempo. Imbassahy deixa a Secretaria de Governo nos próximos dias. Se não se mover, Carlos Marun (PMDB-MS) continua com a vaga dele.

» Revolta. Aliados esvaziaram jantar oferecido por Temer para tratar da Previdênci­a, ontem, em protesto à “não posse” de Marun.

» Chacoalhão. A apresentaç­ão pessimista do economista Marcos Lisboa, do Insper, no jantar oferecido pelo presidente Temer aos deputados da sua base de apoio, ontem, tinha como título “A janela está se fechando”.

» Sola de sapato. O ministro Moreira Franco, Secretaria Geral da Presidênci­a, inicia hoje uma série de visitas pelo Brasil para entregar obras dos programas Avançar e Crescer. Hoje estará em Porto Alegre, amanhã, no Rio de Janeiro, seu reduto eleitoral.

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ANDREZA MATAIS » CLICK. O ministro Antonio Imbassahy, da Secretaria de Governo, despacha com uma caneta do PR, que integra o Centrão, bloco que defende sua saída do governo.

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