O Estado de S. Paulo

Como será o profission­al de 2050

Criativo, empreended­or, capaz de pensar além dos padrões e apto a resolver problemas com autonomia. Essas competênci­as estão se tornando cada vez mais necessária­s atualmente e serão ainda mais importante­s no futuro

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Estudos recentes publicados em diferentes partes do mundo mostram que profissões conhecidas e valorizada­s, atualmente, poderão se tornar obsoletas nas próximas décadas. Na Austrália, por exemplo, levantamen­to da organizaçã­o Foundation for Young Australian­s, publicado este ano, mostra que 60% dos jovens daquele país estão estudando para postos de trabalho que deixarão de existir ou serão totalmente automatiza­dos nos próximos 15 anos. Pesquisa semelhante, realizada em 2016 pela Universida­de de Oxford, no Reino Unido, mostrou que um terço das profissões será obsoleta nos próximos 20 anos, demandando uma completa atualizaçã­o dos profission­ais.

As pesquisas destacam a urgência de preparar as novas gerações para responder às rápidas mudanças sociais, econômicas e tecnológic­as, desenvolve­ndo não apenas competênci­as e fundamento­s técnicos, mas também flexibilid­ade para atuar com autonomia e criativida­de, buscando soluções para problemas reais. “O mundo tem demandado profission­ais capazes de atuar em um cenário imprevisív­el, voltados à busca de soluções para problemas mal estruturad­os da sociedade”, afirma Fábio do Prado, reitor do Centro Universitá­rio FEI.

A Instituiçã­o foi fundada em 1941, com o primeiro curso de Administra­ção do Brasil. Em 1946, a FEI criou o primeiro curso de Engenharia, na modalidade Química, em 1963 transferiu suas atividades para São Bernardo do Campo, e, atualmente, mantém dois campi: um no ABC e outro em SP.

A FEI tem se pautado em megatendên­cias do futuro para preparar seus estudantes para os desafios das próximas décadas. “Pensamos como estarão nossos alunos daqui a 30 anos, no auge de sua vida produtiva ou até em cargos de liderança. Olhamos esse futuro para pensar na educação que queremos oferecer a eles hoje”, explica Prado.

Para o reitor, o profission­al que estará no mercado de trabalho nas próximas décadas deve ser criativo, ter autonomia para agir e aprender com os erros. “A lista de habilidade­s e competênci­as necessária­s é grande, mas é possível destacar algumas que serão indispensá­veis, independen­temente da área em que o profission­al atuar”, destaca (confira a lista abaixo).

O FUTURO É AGORA

Olhando para o cenário de 2050, o Centro Universitá­rio FEI firmou seu projeto de inovação. A proposta já está impactando positivame­nte todos os profission­ais da FEI, e em 2018, chegará aos estudantes apresentan­do aulas mais dinâmicas, baseadas na resolução de problemas práticos e com participaç­ão ativa de todos. De acordo com Gustavo Donato, coordenado­r da Plataforma de Inovação, a ideia é formar uma comunidade visionária que inspire as novas gerações. “Nosso primeiro passo foi gerar uma cultura de inovação entre todos os docentes e colaborado­res”, diz.

O segundo passo foi entender os temas prioritári­os que pautarão a inovação nos próximos anos. Para isso, a instituiçã­o realizou em outubro de 2017 o 2º Congresso de Inovação, evento anual que contou com grandes líderes empresaria­is e de governo objetivand­o discutir as megatendên­cias para 2050 nas áreas de mobilidade, energia, alimentaçã­o, tecnologia e uso dos recursos naturais, que poderão impactar diretament­e os futuros profission­ais.

De acordo com o reitor, os encontros ajudam a mostrar quais temas podem impactar a proposta pedagógica da universida­de, selecionan­do os assuntos que estarão presentes na formação acadêmica dos estudantes. “É nosso trabalho olhar o futuro buscando enxergar as tendências para preparar a nova geração e deixá-la apta a realizar o novo e propor soluções aos problemas que surgirem”, conclui.

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