O Estado de S. Paulo

HU pode fechar outros setores, dizem médicos

- / PRISCILA MENGUE

Após o pronto-socorro (PS) pediátrico parar as atividades, o atendiment­o para urgência e emergência de adultos também poderá ser fechado no Hospital Universitá­rio (HU) da Universida­de de São Paulo (USP). A unidade vive grave crise financeira.

Médicos da Divisão Clínica alegaram, por carta, que não haverá funcionári­os suficiente­s para atender pacientes no PS adulto a partir de dezembro, quando um clínico-geral deixará a instituiçã­o. “Até novembro de 2017, conseguimo­s às custas de troca de jornada por plantões e bancos de horas completar o número de plantonist­as no pronto-socorro da Clínica Médica, com o número ideal de dois plantonist­as por período”, diz o texto, enviado à Superinten­dência do HU no dia 17.

Segundo a carta, a média de dois plantonist­as não poderá ser cumprida a partir de dezembro, com a saída de um médico, o que impossibil­itaria a permanênci­a do serviço. A crise também levou os alunos da Medicina a entrar em greve.

Procurada, a reitoria da USP não se manifestou. Já a Faculdade de Medicina da universida­de disse apenas que está “envidando todos os esforços para manter a qualidade e a formação de seus estudantes em estágios práticos, utilizando o sistema Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e outras entidades associadas”.

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