Seleção inicia novo ciclo com croata
Após pífia campanha nos Jogos Olímpicos do Rio de 2016 e do fracasso na Copa América em setembro, quando não conseguiu sequer vaga para o Pan, o Brasil tenta renascer no basquete sob nova direção. O técnico croata Aleksandar Petrovic estreia contra o Chile, hoje, em Osorno, às 22h, dando início à caminhada das Eliminatórias para o Mundial da China, em 2019.
O novo formato do qualificatório, parecido com o futebol, promete ser um desafio, principalmente pela dificuldade na liberação dos jogadores. Petrovic, por exemplo, não pôde convocar na primeira janela – o Brasil enfrenta ainda a Venezuela na segunda-feira, no Rio – com os jogadores que atuam na NBA. Perdeu o armador Marcelinho Huertas, que não foi liberado pelo Baskonia, da Espanha, pela falta de diálogo entre Fiba e Euroliga. Augusto Lima e Marquinhos pediram dispensa.
O principal nome do Brasil será Anderson Varejão, de 35 anos e que sem clube desde fevereiro, quando foi dispensado pelo Golden State. A seleção terá outros experientes, como Vítor Benite, Alex, Rafael Hettsheimeir e Fischer, além de jovens, como Yago e Lucas Dias.
“É um grupo interessante, uma mescla de jogadores jovens e experientes. Um novo ciclo está começando, muitas mudanças. O basquete brasileiro precisava disso. Agora é trabalhar e focar para fazer tudo de forma séria”, afirmou Benite, do Murcia, da Espanha. “Estamos começando um novo ciclo, com novas ideias, tem tudo para dar certo. Agora é trabalhar, estou motivado por estar aqui na seleção”, acrescentou Fischer, que também atua no basquete espanhol, no Bilbao.
A primeira fase das Eliminatórias conta com 16 seleções, separadas em quatro grupos. Os três primeiros de cada chave avançam carregando os resultados para formar dois grupos de seis países e não enfrentam os rivais da fase inicial. Os três primeiros se classificam para o Mundial da China. A sétima vaga será do quarto melhor entre as duas chaves. A última janela será em fevereiro de 2019.
Fora de quadra. A estreia de Petrovic é mais um passo da retomada da Confederação Brasileira de Basquete, que busca sair do buraco desde março, quando Guy Peixoto foi eleito presidente. A entidade está próxima de fechar um patrocinador master. Atualmente tem acordo com Motorola, Nike e Spalding. Com poucos recursos, o salário do croata é pago pelo Comitê Olímpico do Brasil.