Caixa e CNP discutem reorganização em seguros
ACaixa Seguridade e a sócia francesa CNP Assurances tiveram reuniões ao longo desta semana para discutir a reorganização da seguradora frente à venda do balcão de seguros do banco público. O objetivo é alinhar até hoje o desenho da nova estrutura da companhia com a criação de três novas sociedades: uma na área de seguros de vida, prestamista e previdência privada, entre a Caixa e a própria CNP; outra nos ramos habitacional e consórcio; e a terceira que abrangerá os ramos de riscos elementares, automóvel, rural, residencial e patrimonial, ambas em processo concorrencial. No caso da futura sociedade entre Caixa e CNP, a expectativa do mercado é de que a mesma esteja em operação em janeiro, administrando apenas os segmentos acordados, com os demais ainda contemplados na estrutura atual da seguradora da Caixa. Até mesmo porque, essas linhas seguem em processo concorrencial que deve se estender para o ano de 2018.
Enquanto isso. Os cerca de 20 interessados que assinaram o acordo de confidencialidade para disputar os outros ramos da Caixa já receberam uma nova leva de informações sobre o ativo. Enquanto essa etapa não é concluída, a Caixa Seguros seguirá tocando o barco. A expectativa de envolvidos nas negociações é de que esse processo termine somente em meados do ano que vem, o que pode adiar a abertura de capital da Caixa Seguridade, uma das alternativas para reforçar o capital do banco e evitar uma injeção de recursos por parte do governo. Caixa e CNP não comentaram.
Agora vai. O fundo de private equity Carlyle, que já tinha decidido colocar à venda a Ri Happy, a maior rede de varejo de brinquedos do País, contratou o sindicato de bancos que estruturará a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da companhia. Vão coordenar a operação, programada para o próximo ano, BTG Pactual, Bradesco BBI, Itaú BBA, Goldman Sachs e Credit Suisse.
Caminhos. O fundo norte-americano embarcou na Ri Happy em 2012, quando adquiriu 85% da companhia. Hoje, a participação é de 100%. Desde o início do ano, o Carlyle buscava um sócio minoritário, o que não prosperou. O plano do fundo com a oferta de ações é vender uma fatia de sua participação e, ainda, injetar recursos no caixa da empresa para permitir mais crescimento.
Papai Noel. A ideia é que o protocolo na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) seja feito até o início do ano que vem, contemplando os dados do quarto trimestre, bem recheados com a venda de brinquedos no Natal. Procurados, Carlyle e Ri Happy não comentaram.
Partiu. A mineira Hotmart, plataforma de produtos digitais como cursos online, e-books, audiobooks e podcasts, está preparando as malas para instalar escritório em um terceiro país. Depois de Espanha e Holanda, em dezembro a startup também se instalará em Bogotá, capital da Colômbia.
Interrogação. A Cemig colocou o preço mínimo de R$ 20,30 para as units (depósitos de ações) da Taesa hoje detidas pela companhia e que serão leiloadas hoje. A ação fechou ontem cotada a R$ 20,70, alta de 0,24%. A companhia espera levantar cerca de R$ 700 milhões com a venda de 34 milhões de units com o leilão que ocorre na B3.
Encontro marcado. A venda desses papéis da Taesa já era prevista para ocorrer até o fim deste mês, pois foram dados em garantia para o pagamento de uma opção de venda de ações da Light, que bancos sócios da estatal mineira na empresa fluminense detém contra a Cemig no valor de aproximadamente R$ 1,4 bilhão. Essa opção deve ser parcialmente exercida, depois que a companhia conseguiu na quarta-feira uma prorrogação parcial da opção, pelo período de um ano. Ainda assim, o valor integral a ser obtido com a venda das units deve ser direcionado à parcela da opção que será exercida. Procurada, a Cemig disse que não comentaria sobre o preço mínimo.
Próximo passo. Após a venda das units, a Cemig deve ficar com 22% de participação no capital total da Taesa, ante os atuais 31,5%, mas manterá 37% das ações ordinárias, fazendo parte do bloco de controle da empresa, que tem 58,36%. Nenhuma decisão foi tomada, mas uma possibilidade aventada no mercado é que, em algum momento, a Cemig deverá vender o restante da participação na Taesa para fazer frente aos seus compromissos.