A ‘Carroça de Ouro’ de Cukor, ou Sophia Loren no Velho Oeste
Jogadora Infernal HELLER IN PINK TIGHTS. (EUA, 1960.) DIR. DE GEORGE CUKOR, COM SOPHIA LOREN, ANTHONY QUINN, MARGARET O’BRIEN, STEVE FORREST.
Foi um ano muito especial para Sophia Loren. Em 1960, ela fez Duas Mulheres,o drama de guerra de Vittorio De Sica que lhe deu o prêmio de melhor atriz em Cannes e o Oscar da Academia. Naquele mesmo ano, em Hollywood, fez outro filme completamente diverso – e ambos dão a medida da extensão de seu talento. Cukor, grande criador de personagens femininas e diretor de musicais, fundiu as duas tendências num filme um tanto bizarro. Um western baseado numa história de Louis L’Amour. Uma trupe no Velho Oeste, com direito a pistoleiros e ataques de índios. Sophia é a estrela da companhia e o filme não deixa de ser o Carroça de Ouro de Cukor, uma celebração da arte da atriz, como o clássico de Jean Renoir também celebrou a arte de outra grande italiana, Anna Magnani. Na cena do ataque à carroça, todo o artifício desse universo é exposto. O colorido fica gravado na retina do espectador.
PARAMOUNT, 23H20. REPR., COL., 100 MIN.
VEJA TAMBÉM O Planeta dos Macacos PLANET OF THE APES. (EUA, 1968.) DIR. DE FRANKLIN J. SCHAFFNER, COM CHARLTON HESTON, RODDY MCDOWELL, KIM HUNTER.
O astronauta Charlton Heston vai parar num planeta governado por macacos. Que lugar é esse? O clássico de Schaffner deu origem a uma série, e outra série (a recente, de Matt Reeves).
TEL. CULT, 11H40. REPR., COLORIDO, 130 MIN.
Uma Onda no Ar (BRASIL, 2002.) DIR. DE HELVÉCIO RATTON, COM BABU SANTANA, ADOLFO MOURA.
Amigos criam rádio pirata para ser a voz da favela. Contemporâneo de Cidade de Deus, o filme vai na contracorrente da violência da obra cultuada de Fernando Meirelles. Vale rever, e recuperar.
C. BRASIL, 15H50. REPR., COLORIDO, 92 MIN.