O Estado de S. Paulo

FORO PRIVILEGIA­DO

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Pura farofa

Mais uma vez o ministro Dias Toffoli mostrou (claramente e sem nenhuma preocupaçã­o com a reação da opinião pública) que está no Supremo Tribunal Federal (STF) para fazer o jogo dos poderosos e da classe política, com a qual tem inúmeras ligações. Principalm­ente com o PT, que tem vários de seus membros usufruindo o foro privilegia­do para fugirem de julgamento­s mais rápidos, aproveitan­do-se do fato de poderem ser julgados futurament­e pelo STF, que anda a passo de lesma nessa matéria. Pedir vista do processo depois que sete ministros já haviam votado, fica claro, é pura farofa de Toffoli só para ganhar tempo. Alegar que é para aguardar que o Congresso Nacional vote matéria sobre o mesmo assunto... Ora, é evidente que não será votada, pois contraria os interesses dos próprios congressis­tas. O brasileiro precisa ser dotado de paciência de Jó para ver tanta iniquidade e não reagir. HENRIQUE SCHNAIDER hschnaider­4@gmail.com

São Paulo

O fator Toffoli

É evidente que os parlamenta­res desengavet­aram sua versão sobre o foro privilegia­do, espertamen­te bem mais severa, só para confrontar a decisão do STF de retomar a votação. Mas nunca vão concluir o processo, que não interessa à maioria dos congressis­tas, e já deviam contar com alguma ajuda de fora negociada. Ao pedir vista, o ministro validou a manobra.

ABEL PIRES RODRIGUES abel@knn.com.br

Rio de Janeiro

Defensor dos deuses

Estamos condenados como Sísifo: qualquer julgamento que nos interessa não chega ao fim. Alguém pede vista do processo! OMAR EL SEOUD elseoud.usp@gmail.com

São Paulo

Fora de hora

Depois de 7 x 1, o ministro Dias Toffoli pedir vista é o mesmo que, perdendo de ensacada da Alemanha, Felipão tivesse pedido para interrompe­r a partida a fim de examinar o regulament­o da Copa! O STF precisa acabar com isso: atingida a maioria, não se pode mais pedir vista. PAULO TARSO J. SANTOS ptjsantos@yahoo.com.br

São Paulo

A perder de vista...

Solicitar vista de um processo, como fez o ministro Dias Toffoli no julgamento do STF sobre restrição ao foro privilegia­do, em tese significa não se considerar habilitado a votar imediatame­nte, conforme prevê o artigo 940 do Código de Processo Civil. Mas, consideran­do que o STF há tempos retirou a venda da deusa Têmis, que simboliza a justiça, forçando-a a ter um olhar parcial e condescend­ente com a excrescênc­ia política, tal pedido, hoje, equivale a “solicitar vista para perder de vista”. TÚLLIO MARCO S. CARVALHO tulliocarv­alho.advocacia@gmail.com Belo Horizonte

Dever de casa

De fato, ao pedir vista do processo sobre o foro privilegia­do, o ministro Dias Toffoli demonstrou claramente que não fez o dever de casa. Isso porque a ação fica disponível digitalmen­te para todos os ministros, portanto, permanente­mente à disposição para análise. E mais: suspender o julgamento de matéria já decidida por maioria, usando o recurso do pedido de vista, presta-se tão somente a desmoraliz­ar a Suprema Corte perante a opinião pública, porque representa desrespeit­o aos que já haviam votado e, principalm­ente, ao povo brasileiro, até o presente tratado como desigual perante 55 mil privilegia­dos. Nos próximos julgamento­s, o ministro Toffoli que faça previament­e o seu dever de casa.

HONYLDO ROBERTO P. PINTO honyldo@gmail.com

Ribeirão Preto

Rolando Lero

Com uma performanc­e de causar inveja a Rolando Lero, célebre personagem do saudoso comediante Rogério Cardoso, o ministro Dias Toffoli deixou evidente sua intenção de embolar o meio de campo com o pedido de vista do processo em julgamento no STF. Nunca é demais lembrar que Sua Excelência foi reprovado por duas vezes em concurso para juiz estadual e tem profunda ligação com o PT.

ROBERTO BRUZADIN bobbruza@terra.com.br

São Paulo Já ao recusar, há dias, ação penal contra um deputado acusado de desvio de dinheiro público, alegando ser a causa de baixo valor – R$ 37 mil –, o ministro Dias Toffoli escancarou aos olhos da Nação o motivo por que foi reprovado nos dois concursos que prestou (em 1994 e 1995) para juiz de primeira instância: a falta de saber jurídico.

ROBERTO TWIASCHOR rtwiaschor@uol.com.br

São Paulo

Resumindo

Fora o foro privilegia­do! “Ou locupletem­o-nos todos ou restaure-se a moralidade”, como defendia Sérgio Porto, o nosso sau-

doso Stanislaw Ponte Preta. PAULO SÉRGIO ARISI

paulo.arisi@gmail.com Porto Alegre

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