China terá parque de diversões de realidade virtual.
Previsto para abrir na China em fevereiro, parque de US$ 1,5 bi terá 35 atrações ‘tecnológicas’
Robôs gigantes e fortalezas futuristas estão sendo erguidas em meio a solitárias montanhas nos limites de Guiyang, a capital de uma das mais pobres províncias chinesas, Guizhou. É a construção do Oriental Science Fiction Valley Park, o primeiro parque de diversões chinês totalmente baseado na realidade virtual.
Com 134 hectares, o parque localizado no sudoeste chinês promete 35 atrações de realidade virtual, de jogos de tiro até montanhas-russas virtuais e excursões com alienígenas pelos principais pontos turísticos da região. Ao todo, o parque terá 15 diferentes áreas temáticas. A meta do empreendimento é surfar na onda da realidade virtual, que deve atingir um mercado de US$ 8,5 bilhões no país asiático em 2020, segundo dados de um centro de estudos patrocinado pelo governo local.
“Depois que nosso parque se abrir, ele vai mudar toda a estrutura da província de Guizhou, bem como o sudoeste chinês”, disse à agência de notícias Reuters o presidente executivo da empreitada, Chen Jianli. “É uma atração inovadora, porque é diferente”, declarou na entrevista, realizada em meio à construção do parque. Criado pela Oriental Times Media Corp, empresa com capital aberto na bolsa de Shenzhen, o Oriental Science Fiction Valley Park deve ter sua estreia ao público em geral em fevereiro de 2018.
Com investimento de US$ 1,5 bilhão, o parque é parte do esforço chinês para criar novos setores de crescimento, como jogos, esportes e tecnologia de ponta, tentando reduzir sua dependência de indústrias tradicionais, cujo ritmo de crescimento deve ser menor nos próximos anos. Em parte do esforço para ser um centro de tecnologia inovadora, a província de Guizhou está atraindo empresas como a Apple, que instalou na região seu centro de processamento de dados chinês.
O Oriental Science Fiction Valley diz que é o primeiro parque de realidade virtual do mundo, embora atrações baseadas na tecnologia de imersão já existam nos Estados Unidos e no Japão. Além disso, existem fliperamas dedicados exclusivamente à tecnologia. Nenhuma delas, porém, tem a mesma escala do empreendimento chinês.
Entre as atrações, haverá saltos de bungee jump a partir de um robô como o da série cinematográfica Transformers e um estúdio devotado a produzir filmes de realidade virtual.
A maioria dos “brinquedos” pedirá aos visitantes que usem óculos de realidade virtual e terá simuladores de movimento para causar sensações de adrenalina. “Você vai realmente sentir que está em outro lugar”, disse Qu Zhongjie, gerente do parque. “É nossa principal função”. Também haverá atrações de realidade aumentada e mista, que mistura as duas tecnologias.
Vizinhança. Próximos ao parque, na vila de Zhangtianshui, um grupo de fazendeiros se mostrou preocupado com a poluição trazida por grandes desenvolvimentos, mas torce pelo desenvolvimento econômico que o parque pode trazer. A maioria deles, no entanto, não tem tanta certeza sobre as batalhas ou invasões alienígenas.
“Muitas coisas boas costumam sair desses projetos”, disse um dos fazendeiros, Liu Guangjun, à Reuters. “Já sobre a realidade virtual, não sei: eu simplesmente não consigo entendê-la.”