O Estado de S. Paulo

O primeiro teste

- Vera Magalhães

A capacidade de Geraldo Alckmin de unificar o PSDB virá antes da convenção. O anúncio de que não haverá disputa pelo comando da sigla anima Temer e Rodrigo Maia a pensar na votação da reforma da Previdênci­a.

Oprimeiro teste da capacidade de Geraldo Alckmin de unificar o PSDB virá antes da convenção de dezembro, que deverá ungir o governador paulista presidente do partido. O anúncio de que não haverá disputa pelo comando da sigla foi um dos combustíve­is para animar o Palácio do Planalto e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), a tentar um sprint final pela votação da reforma da Previdênci­a na Casa ainda neste ano.

Afinal, em reunião com Temer e demais governador­es, na semana passada, Alckmin foi incisivo ao defender uma proposta de reforma mais radical que o texto mitigado que vem sendo preparado pelo relator Arthur Maia (PPS-BA). Se manifestou contrário, por exemplo, a qualquer exceção de enquadrame­nto de carreiras (como os militares, por exemplo) na proposta de unificação dos regimes.

Enquanto isso, o líder do PSDB na Câmara, Ricardo Trípoli (SP), faz a defesa de ainda mais concessões no texto original do governo, e a bancada se mostra titubeante em apoiar a emenda.

Temer deverá pedir um encontro com Alckmin no sábado para pedir o apoio mais firme do PSDB às mudanças. Auxiliares do presidente dizem que isso ajudará a pavimentar o caminho para uma aliança entre tucanos e peemedebis­tas em 2018, mesmo que apenas no segundo turno.

A apresentaç­ão de um texto programáti­co do PSDB “muito parecido com a Ponte para o Futuro”, conforme provocou um palaciano, também ajuda a construir a aliança. Mas o impulso inicial deverá ser dado por Alckmin. Agora a bola está com ele”, resume um senador peemedebis­ta.

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