Eletropaulo prepara oferta de ações após migração
Depois de migrar para o Novo Mercado, segmento de mais elevadas práticas de governança corporativa da B3, a Eletropaulo já trabalha em uma oferta subsequente (follow on), programada para ocorrer no início do ano que vem. A companhia do setor elétrico começa a pedir aos bancos de investimento o envio de propostas para a contratação do sindicato que estruturará a emissão. A operação pode ser a porta de saída de AES e BNDESPar, acionistas que até a migração para o Novo Mercado controlavam a companhia, com 50,51% e 22,5% das ações ON, respectivamente, e que passaram a deter 16,84% e 18,73%, nesta ordem.
» X da questão. Antes de lançar o follow on, no entanto, a concessionária precisará encontrar uma solução para um importante passivo: uma dívida de R$ 2 bilhões com a Eletrobras. As empresas assinaram em outubro um memorando de entendimentos para um processo de mediação que viabilize um acordo e a Eletropaulo espera concluir a negociação ainda neste ano. A questão também está na Justiça e, caso as empresas não cheguem a um desfecho, o processo pode ir a julgamento até março de 2018, prevê a empresa. Procurada, a Eletropaulo informou que, “caso uma decisão seja tomada a esse respeito, informará ao mercado”.
» Esperança. Mesmo com uma ação de responsabilidade ajuizada contra Rômel de Souza, ex-presidente da Usiminas e nome ligado à Nippon Steel – acionista da siderúrgica mineira ao lado do grupo Ternium/Techint –, a companhia japonesa mantém ativas cinco ações no Tribunal de Justiça de Minas Gerais com o objetivo de anular a eleição de Sergio Leite, em março do ano passado, para a presidência.
» Contra todos. Souza foi destituído acusado de violar o estatuto da empresa ao ter assinado um memorando com a Mineração Usiminas (Musa) sem a presença de outro diretor estatutário e, ainda, sem anuência do conselho de administração. Na Justiça, há ação contra todos os conselheiros, na pessoa física, que votaram a favor da destituição. Pela permanência de Rômel no cargo, votaram três dos 11 membros, todos representantes da japonesa. Na esfera administrativa, a Nippon tem uma reclamação também junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Procurada, a Nippon não respondeu.
» Melhora para pior. Investidores estão exigindo até 10% de remuneração para a Cemig emplacar sua captação externa de bônus de sete anos. Embora esteja mais próxima de obter condições melhores para a emissão, a taxa supera a pedida em maio, quando a elétrica optou por suspender a operação. As apresentações da emissão, com a qual a companhia mineira quer levantar até R$ 1,5 bilhão, terminam hoje no exterior. Neste roadshow, a Cemig tem em mãos, ao menos, a renegociação de uma dívida de R$ 4 bilhões com bancos e um plano em andamento de venda de ativos.
» Tá tranquilo? A maioria dos millennials da América Latina, jovens entre 21 e 27 anos, já tiveram alguma instabilidade financeira na vida. Estudo da Mastercard, que será divulgado hoje, dia 29, mostra que o porcentual chega a 67%. Desses, 32% sinalizaram que estão bem no momento, mas que se preocupam com o futuro. Para 20%, o dinheiro é a maior causa de estresse na vida, enquanto 15% vivem de salário em salário. No Brasil, o porcentual sobe para 21%.
» O que eu faço? Embora estejam atentos à vida financeira, conforme o estudo da Mastercard feito pela Harris Insights & Analytics, os jovens têm dificuldades em fazer a gestão de seus recursos e, por isso, são receptivos a toda ajuda disponível. Tanto é que gostariam que fosse mais fácil: reduzir débitos (65%), economizar dinheiro sabiamente (64%), monitorar os gastos (62%), planejar o orçamento (61%) e investir o dinheiro (58%).
» Lotado. Diante de um forte rali que levou a moeda digital mais famosa no mundo, o Bitcoin, a bater o valor de US$ 10 mil por unidade, a Braziliex, uma das maiores corretoras que comercializa criptomoedas no Brasil, bateu um recorde de acessos na tarde desta terça-feira, 28. Às 14 horas, havia simultaneamente usuários de dez países diferentes fazendo negócios na plataforma da corretora, entre eles Estados Unidos, França, Itália, Suécia, Ucrânia, Nepal e Vietnã. Nas últimas 24 horas, segundo a empresa, foi movimentado R$ 1,3 milhão.
» Empurrãozinho. A Amec, associação que representa 59 investidores institucionais com cerca de R$ 400 bilhões na Bolsa no Brasil, convocou seus associados a participar das assembleias de acionistas da Eletrobras, que discutirão o processo de reestruturação da estatal visando a privatização. A entidade reitera a importância dos acionistas exercerem seus direitos de voto, ainda mais tendo em vista a “relevância histórica do caso” e de suas condições específicas, “inclusive com eventual, mas esperada, abstenção de voto do controlador (União) em determinadas matérias”.