Aposta nos equipamentos
Nova versão Pulse Plus do Hyundai Creta 1.6 anda bem e vem repleta de itens de conforto
Na teoria, a versão de topo de um carro não pode ser intermediária. Na prática, contudo, foi isso que a Hyundai fez ao lançar a opção Pulse Plus do Creta. Como a Prestige, a mais bem equipada do jipinho fabricado em Piracicaba (SP), só tem motor 2.0, quem quiser o utilitário completo, mas preferir o quatro-cilindros de 1,6 litro passa a contar com a nova versão, cuja tabela parte de R$89.990.
Nesse caso, o Creta oferece até 130 cv e 16,5 mkgf (com etanol) e câmbio automático de seis marchas. Não é um conjunto que chega a impressionar pelo desempenho, mas está longe de decepcionar.
Na cidade, o carro vai bem, tem certa desenvoltura nas saídas de semáforo e fôlego para fazer ultrapassagens. Na estrada, porém, o motor “menor”, que só dispõe de torque máximo às 4.500 rpm, cobra seu preço – é preciso abusar do pedal do acelerador para ganhar velocidade e dar segurança em ultrapassagens. Hastes atrás do volante para trocas de marcha minimizariam essa falha.
No mais, o Creta Pulse Plus 1.6 é igual aos demais: a suspensão com eixo de torção na traseira faz um bom trabalho em curvas e é eficiente na hora de filtrar impactos com o piso.
A carroceria até rola um pouco em curvas, mas apenas em velocidades altas. Rodando tranquilo, o Creta se comporta como se fosse um HB20 alto.
O pacote de equipamentos é amplo. Há rodas de liga leve de 17 polegadas, monitoramento da pressão dos pneus, sistema isofix de fixação de assentos para crianças, controles de tração a estabilidade, assistente de partida em rampa, start&stop e volante com regulagem de altura e profundidade. Câmera na traseira, sensor de obstáculos, controlador de velocidade de cruzeiro, acendimento automático dos faróis e sistema multimídia com tela de 7 polegadas sensível ao toque e espelhamento de celular completam o pacote.