Brasileiros querem levar alegria para o México
Quase três meses após terremoto, para-atletas do País falam em tentar diminuir o sofrimento do povo mexicano
O Mundial Paralímpico de Natação de 2017, que começará sábado, na Cidade do México, vai ser realizado inevitavelmente sob o triste signo histórico de um terremoto que causou centenas de mortes na capital mexicana em 19 de setembro, quando foi atingida por um tremor 7,1 graus na escala Richter.
A competição, primeiro grande evento da natação paralímpica no ciclo que visa os Jogos de Tóquio-2020, estava inicialmente marcada para ocorrer entre o final de setembro e o início de outubro, mas acontecerá somente agora após ter o seu cancelamento altamente cogitado, tendo em vista as consequências desta grande tragédia.
Um dos maiores nomes da história da natação paralímpica do País, André Brasil espera ajudar a colaborar a aplacar o sofrimento do povo mexicano.
“Enquanto atleta, me sinto no dever de trazer um pouco de alegria por tudo aquilo que foi vivenciado. Estar indo para o México, agora, deixou de ser apenas o meu quinto Mundial. Passou a ser um chamado para um povo que vivenciou um momento tão difícil há pouco tempo”, diz o nadador, que possui 14 medalhas de Jogos Paralímpicos e 24 de Mundiais, sendo vinte e duas delas de ouro.
O sentimento é compartilhado por Edênia Garcia, outro nome de destaque da natação brasileira, com várias medalhas em Mundiais, entre elas três de ouro nos 50m costas. “No dia eu achei que o Mundial poderia ser suspenso, mas acho que a avaliação do Comitê Paralímpico Internacional foi acertada. A competição vai trazer um brilho para a cidade e para todo o povo mexicano”, destacou a nadadora cearense, de 30 anos.