O Estado de S. Paulo

Famílias dos 44 submarinis­tas criticam Macri e a Marinha

Parentes marcham em Mar del Plata para pedir a retomada da busca pelos tripulante­s do San Juan

- BUENOS AIRES

Parentes dos 44 tripulante­s do submarino ARA San Juan protestara­m ontem em Mar del Plata contra a Marinha da Argentina e o presidente Maurício Macri, que, segundo a imprensa argentina, desistiu de fazer um pronunciam­ento em rede nacional no qual decretaria três dias de luto no país pela tragédia.

Um porta-voz de Macri disse ao diário La Nación que “não era o melhor momento” para homenagens e declaraçõe­s de luto diante da raiva das famílias sobre o modo como o governo e a Marinha respondera­m ao acidente do submarino.

As famílias saíram em bloco da instalação militar com bandeiras argentinas e cartazes com fotos dos submarinis­tas.

Em frente à base, o grupo parou para falar com a imprensa e anunciou que estava iniciando ali mesmo uma marcha de protesto em direção a uma praça central da cidade.

O grupo de manifestan­tes explicou que o objetivo do protesto era mostrar sua “dor” e pedir ao presidente Macri que vá a Mar del Plata oferecer esclarecim­entos e também ordene a retomada da fase de busca e resgate dos submarinis­tas.

O porta-voz da Marinha de Guerra, Enrique Balbi, disse ao jornal Clarín que a corporação explora indícios a 700 e a 950 metros de profundida­de, depois de descartar no sábado que uma estrutura com dimensões parecidas com as do submarino encontrada a 477 metros de profundida­de fosse o ARA San Juan.

“O ambiente extremo, o tempo transcorri­do (18 dias) e a falta de qualquer evidência impedem sustentar um cenário compatível com a vida humana”, disse Balbi.

Buscas. Ao longo da tarde de ontem, um robô submersíve­l russo tentava identifica­r um sinal metálico registrado a 950 metros de profundida­de no Atlântico Sul, que poderia vir do submarino.

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JOSE SCALZO/REUTERS Revolta. Manifestan­tes marcham com bandeira argentinas

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