O Estado de S. Paulo

Bolt ganha estátua de 2,5 m em Kingston

Astro jamaicano, que se aposentou das pistas neste ano, ficará eternizado no estádio onde começou a carreira

- KINGSTON, Jamaica

O astro jamaicano Usain Bolt foi homenagead­o em Kingston, em sua terra natal. O exatleta participou da inauguraçã­o de sua estátua de bronze, de 2 metros e meio de altura, no estádio Nacional, na capital do país. Esculpida pelo artista Basil Watson, a estátua mostra Bolt fazendo seu tradiciona­l gesto de comemoraçã­o. Foi uma homenagem dos seus conterrâne­os por sua carreira nas pistas, encerrada neste ano, após sua participaç­ão no Mundial de Atletismo de Londres, em agosto.

“Eu jamais poderia imaginar um momento como este, tão grandioso, em que estaria entre estátuas no estádio Nacional onde tudo começou para mim”, disse Bolt, na cerimônia, realizada na noite do último domingo. “É por isso que sempre encorajo as pessoas. Tudo é possível, sem limites, porque eu nunca poderia imaginar que alcançaria tudo isso. Mas sempre me esforcei e me mantive focado.”

O atleta de 31 anos foi homenagead­o também por Sebastian Coe, presidente da IAAF, em mensagem de vídeo transmitid­a durante a cerimônia de inauguraçã­o da estátua. “Usain Bolt mudou o rosto do esporte. Ele teve uma carreira extraordin­ária, na qual demonstrou excelência competitiv­a, caráter extraordin­ário, boa esportivid­ade e profission­alismo”, afirmou.

Recordes. Recém-aposentado, Usain Bolt assegurou, em setembro, que se sente tranquilo em relação aos seus recordes mundiais, avaliando que as suas marcas nos 100 metros e nos 200 metros poderão se manter por algumas décadas.

Único velocista a conquistar os títulos dos 100m e dos 200m em três edições consecutiv­as dos Jogos Olímpicos, Bolt deixou as pistas após o Mundial de Atletismo de Londres. Ele correu os 100m em 9s58 e os 200m em 19s19, quebrando o recorde mundial das duas provas no Mundial de 2009, em Berlim.

“Eu acho que (os recordes) vão durar um pouco”, disse Bolt. “Eu acho que a nossa era com Yohan Blake, Justin Gatlin e Asafa Powell e todos esses caras foi a melhor era dos atletas. Se fosse para ser quebrado, teria sido quebrado nesta era, então eu acho que tenho pelo menos 15 a 20 anos mais”.

A despedida de Bolt não se deu como planejado em Londres. Depois de um surpreende­nte terceiro lugar nos 100 metros, atrás dos norte-americanos Gatlin e Christian Coleman, a última prova dele terminou com uma lesão na disputa do revezament­o 4x100 metros com a equipe da Jamaica.

Além dos seus grandes resultados, Bolt também conquistou o público com seu carisma. E ele garantiu que não consegue enxergar um sucessor nesse momento. “É difícil para mim escolher alguém. Eu acho que o que me fez sustentar não foram apenas os tempos rápidos que eu consegui, mas a minha personalid­ade, que as pessoas realmente gostaram e amaram. Se você quer ser uma estrela no esporte, você deve deixar as pessoas sabem quem você é como uma pessoa, não apenas como atleta.”

 ?? GILBERT BELLAMY/REUTERS–3/12/2017 ?? Em casa. Usain Bolt posa para foto com o gesto que marcou sua carreira: ex-atleta afirmou que ‘tudo é possível, sem limites’
GILBERT BELLAMY/REUTERS–3/12/2017 Em casa. Usain Bolt posa para foto com o gesto que marcou sua carreira: ex-atleta afirmou que ‘tudo é possível, sem limites’

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil