Brando e o excesso de beleza que derruba o western de Furie
Sangue em Sonora
THE APPALOOSA. (EUA, 1966.) DIR. DE SIDNEY J. FURIE, COM MARLON BRANDO, ANJANETTE COMER, JOHN SAXON, FRANK SILVERA.
Na fronteira mexicana, por volta de 1870, Marlon Brando pega em armas para recuperar seus cavalos – da raça appaloosa – que foram roubados. Brando, que havia sido talvez o maior astro de Hollywood no começo dos anos 1950, estava na pior fase de sua carreira. Nada do que fazia dava certo. O público rejeitava-o. Salvaram-no, nos 70, O Poderoso Chefão e Último Tango em Paris, que só viriam seis anos mais tarde. Sangue em Sonora não dispõe de uma grande reputação, mas é interessante (re)ver. É um dos filmes mais belos já feitos, mas a fotografia de Russell Metty é quase uma intrusa na história. Diretor e fotógrafo sacrificam tudo por um efeito – Brando finge dormir e acompanha o movimento ao redor por entre os dedos. O filme é todo assim – lento, estudado, ‘fotogênico’. Você pode até não gostar, mas não desgruda o olho.
TEL. CULT, 14H40. REPR., COLORIDO, 98 MIN.
VEJA TAMBÉM Made in China
(BRASIL, 2014.) DIR. DE ESTEVÃO CIAVATTA, COM REGINA CASÉ, JULIANA ALVES, XANDE DE PILARES, OTÁVIO AUGUSTO, LUIZ LOBIANCO.
No Saara, a 25 de Março do Rio, a concorrência dos chineses derruba o comércio mais tradicional. Regina Casé dirigida pelo marido, um filme rico em observações. Merece revisão.
C. BRASIL, 19H30. REPR., COLORIDO, 96 MIN.
50 Tons Mais Escuros
FIFTY SHADES DARKER. (EUA, 2017.) DIR. DE JAMES FOLEY, COM DAKOTA JOHNSON, JAMIE DORNAN, KIM BASINGER.
‘Anastasia’ assusta-se com a verdadeira natureza de ‘Christian’, mas ele não desiste dela. À espera do 3, que estreia em fevereiro. Sadomasô soft, e sem a complexidade do 1.
TEL. PREMIUM, 0H05. REPR., COL., 118 MIN.