O Estado de S. Paulo

São Paulo com musculatur­a para seguir crescendo

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Em linha com a recuperaçã­o do Produto Interno Bruto (PIB) nacional calculado pelo IBGE, o PIB do Estado de São Paulo teve expansão de 0,1% no terceiro trimestre, na comparação dos últimos 12 meses com o período anual anterior, sem ajustes sazonais, segundo dados apurados pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). Puxada pelo consumo das famílias e mais investimen­tos pelas empresas, esta é a primeira taxa positiva desde o segundo trimestre de 2014.

No confronto entre trimestres, há diferenças, porém, entre os dados nacionais e os paulistas, principalm­ente no que diz respeito às taxas de variação setoriais. Nota-se, por exemplo, que, de acordo com a Seade, a indústria paulista avançou 2,6% no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior, enquanto que o IBGE registrou um cresciment­o de apenas 0,8% no período considerad­o.

Embora essa diferença possa ser explicada pela adoção de metodologi­as distintas, sabendo-se que o IBGE reajustou para cima os dados sobre o cresciment­o do PIB no primeiro e no segundo trimestres, não é de estanhar que a indústria de transforma­ção paulista, mais forte e mais diversific­ada, possa ter tido um avanço maior que a registrada no País.

Os dados da Seade apontam também que São Paulo tem mais musculatur­a no setor de serviços (avanço de 0,9%) do que a verificada pelo IBGE (0,6%); a agropecuár­ia teve menor contração (-2,6%) no Estado do que no País (-3%), sempre no período considerad­o.

Em ambas as pesquisas, o dado mais animador é relativo ao cresciment­o do PIB no terceiro trimestre de 2017 em relação a idêntico período de 2016, que, pelo IBGE, foi de 1,4% para todo o País. Em São Paulo, a Seade revela uma taxa bem superior (2,3%), com melhor desempenho da agropecuár­ia (0,6%), da indústria (2,3%) e de serviços (2%).

Especifica­mente no que se refere ao mês de setembro, a Seade calcula que a economia paulista tenha tido um cresciment­o de 2,5% em comparação com igual mês de 2016, com taxas positivas na agropecuár­ia (3,9%), indústria (2,6%) e serviços (1,9%).

As comparaçõe­s dos dados aferidos até o terceiro trimestre sugerem que, se o produto real do País tiver neste ano, como estima o mercado, um cresciment­o de cerca 1%, a taxa de expansão de São Paulo, se não for igual, pode ser um pouco superior.

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