O Estado de S. Paulo

Para ministro, planos urbanos são cruciais

- /G.Z

Há apenas 12 dias no cargo, o ministro Alexandre Baldy (Sem partido-GO), que substituiu o tucano Bruno Araújo no Ministério das Cidades, veio a São Paulo falar sobre como a pasta enxerga os desafios da mobilidade debatidos no Fórum Estadão. Encerrando o evento, Baldy destacou os problemas gerados pelo acelerado cresciment­o brasileiro e ressaltou a falta de investimen­tos ao longo da história como principais culpados pelo caos no tráfego.

“Imaginar essa demanda sem um planejamen­to urbanístic­o, sem um projeto de mobilidade urbana traz os resultados a que chegamos hoje, em especial nas grandes e médias cidades”, ressaltou . “Agora, existe uma legislação que obriga municípios acima de 20 mil habitantes a promover seu plano municipal de mobilidade. Isso é importante para que possamos pressionar os municípios a terem dentro de suas gestões seus planos e os tragam ao conhecimen­to do ministério”, afirmou.

Baldy falou ainda sobre os estímulos oferecidos pelo governo federal ao transporte individual, com a isenção de impostos na compra de carros. Segundo ele, a prática relegou o transporte público ao segundo plano e trouxe graves consequênc­ias, como a intensific­ação dos congestion­amentos e o aumento das mortes no trânsito.

Para o ministro, a estabiliza­ção demográfic­a e uma maior preocupaçã­o com o planejamen­to urbano devem atenuar o problema. Baldy acrescento­u ainda que os aplicativo­s de transporte e a evolução da indústria, voltada ao desenvolvi­mento de carros autonômos e elétricos, também são motivos de otimismo.

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