Gilmar levanta suspeita sobre viagens e caravanas
Para o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, atos antecipados de campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) poderão levar à condenação por abuso de poder econômico e à cassação de eventual diplomação caso sejam financiados de maneira irregular.
Na semana passada, Gilmar foi voto vencido em decisões que rejeitaram processos contra os dois pré-candidatos sob a acusação de antecipação de campanha eleitoral. Em sua avaliação, a pergunta que deve ser respondida é não apenas se há campanha antecipada, mas quem está financiando.
“Há estruturas aí que já passam – jatinhos, deslocamentos de caravanas, ônibus, reunião organizada de pessoas e tudo mais. Tudo isso precisa ser avaliado. Acho que esse vai ser o tema do tribunal já em fevereiro”, afirmou o ministro em Washington, onde participou de assinatura de convênio que prevê o envio de observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) para acompanhar as eleições presidenciais de 2018. “Alguém está financiando isso.”
A assessoria de Lula afirmou que as caravanas são pagas com recursos do partido e disse que a ação foi arquivada pelo TSE na semana passada, seguindo voto do relator do caso.
Já a assessoria de Bolsonaro não foi localizada até a conclusão desta edição.