O Estado de S. Paulo

Gilmar levanta suspeita sobre viagens e caravanas

- Cláudia Trevisan CORRESPOND­ENTE / WASHINGTON

Para o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, atos antecipado­s de campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) poderão levar à condenação por abuso de poder econômico e à cassação de eventual diplomação caso sejam financiado­s de maneira irregular.

Na semana passada, Gilmar foi voto vencido em decisões que rejeitaram processos contra os dois pré-candidatos sob a acusação de antecipaçã­o de campanha eleitoral. Em sua avaliação, a pergunta que deve ser respondida é não apenas se há campanha antecipada, mas quem está financiand­o.

“Há estruturas aí que já passam – jatinhos, deslocamen­tos de caravanas, ônibus, reunião organizada de pessoas e tudo mais. Tudo isso precisa ser avaliado. Acho que esse vai ser o tema do tribunal já em fevereiro”, afirmou o ministro em Washington, onde participou de assinatura de convênio que prevê o envio de observador­es da Organizaçã­o dos Estados Americanos (OEA) para acompanhar as eleições presidenci­ais de 2018. “Alguém está financiand­o isso.”

A assessoria de Lula afirmou que as caravanas são pagas com recursos do partido e disse que a ação foi arquivada pelo TSE na semana passada, seguindo voto do relator do caso.

Já a assessoria de Bolsonaro não foi localizada até a conclusão desta edição.

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PAULO WHITAKER/REUTERS-23/8/2017 TSE. Ação contra Lula foi arquivada

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