Neoenergia caminha para suspender oferta de ações
Atrês dias de precificar sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), a Neoenergia caminha para suspender a operação. Mesmo sem demanda no intervalo proposto, de R$ 15,02 a R$ 18,52, comenta-se que há resistência dos acionistas, em especial o Banco do Brasil (BB), em reduzir o preço para tentar emplacar a oferta. Paralelamente, nos bastidores, o sindicato de bancos que trabalha na oferta já teria proposto em reduzir consideravelmente o preço, mas mesmo assim houve dúvidas quanto à demanda. Além do BB são acionistas da empresa a espanhola Iberdrola e Previ (fundo de pensão dos funcionários do BB). Investidores estariam mais interessados em outras operações que se realizam no mesmo período e que apresentam, atualmente, um maior apelo, dada a proposta de crescimento mais clara. Nesta semana serão precificados os IPOs de BR Distribuidora e Burger King Brasil, além da oferta subsequente (follow on) da Sanepar. Procurada, Neoenergia, não comentou.
» Quase lá. Usiminas e Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) estão na reta final das negociações com as montadoras para o reajuste de preços do aço para 2018. O aumento deverá ser da ordem de 25%, conforme o almejado, e será aplicado a partir do início do ano. Em 2017, as siderúrgicas subiram seus preços entre 25% e 28%. Procurada, a Usiminas disse que mantém sua posição para um reajuste de 25% e esclarece, ainda, que as negociações com cada cliente seguem normalmente. Já a CSN não comentou.
» Estratégia. Para dar prosseguimento em sua estratégia de abocanhar, até 2020, 10% do varejo de alta renda por meio de sua plataforma digital, o BTG Pactual lança seu primeiro simulador de investimentos, que foi desenvolvido pelo Núcleo de Inovação Tecnológica BTG Pactual em parceria com a PUC-Rio.
» Modus Operandi. O robô utilizará inteligência artificial para recomendar investimentos de acordo com o perfil de cada cliente. O portfólio da plataforma digital da instituição financeira possui hoje 40 fundos de 30 gestores, que se somam aos produtos de renda fixa e previdência privada.
» Sinalização. A intenção das empresas brasileiras de contratar funcionários para o primeiro trimestre de 2018 ficou em +6%. A taxa representa aumento de 13 pontos porcentuais em relação ao mesmo período do ano passado, quando estava em -7% e de 4 pontos porcentuais em relação ao último trimestre de 2017 (+2%), de acordo com levantamento realizado pelo ManpowerGroup, consultoria de recursos humanos. Essa é a melhor expectativa em três anos. Esse indicador foi calculado a partir de uma pesquisa com 850 empregadores no Brasil, dos quais 13% esperam aumentar os níveis de contratação nos próximos três meses, 8% projetam reduzir as contratações, ao passo que 72% não preveem mudanças nos quadros.
» Posição. No ranking global, o Brasil é 28º País com maior intenção de contratação para o próximo trimestre, subindo 12 posições deste o último levantamento realizado pelo ManpowerGroup. Os países que estão mais otimistas em relação às contratações para o início do próximo ano são Taiwan, Japão, Índia, Estados Unidos e Costa Rica.
» Por aqui. Internamente, as intenções de contratação mais fortes são reportadas no estado de Minas Gerais, com alta de 10% para o período. Na contramão, o maior pessimismo vem do Rio de Janeiro, onde as intenções são de -2%.
COM LUCIANA COLLET