O Estado de S. Paulo

Projetos de infraestru­tura para municípios

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A linha de crédito criada pela Agência de Desenvolvi­mento Paulista (Desenvolve SP) para o financiame­nto de estudos e projetos de obras de infraestru­tura nos municípios paulistas poderá permitir que muitas prefeitura­s superem o maior obstáculo que enfrentam nessa área, que é sua limitada capacidade técnica.

Boa parte das administra­ções municipais não dispõe de corpo técnico preparado para elaborar estudos e projetos de engenharia. Por isso, mesmo nos casos em que há financiame­nto em órgãos estaduais ou federais, elas não conseguem executar obras reclamadas pela população em áreas como mobilidade urbana, saneamento básico, tratamento de resíduos sólidos e iluminação pública.

A perda de capacidade de investimen­tos do setor público decorrente da severa crise financeira que afeta todos os níveis de governo igualmente compromete a execução de obras. Mas essa perda poderia ser compensada por investimen­tos privados na área de infraestru­tura, para melhorar a qualidade de vida da população. Na avaliação da Desenvolve SP, porém, a falta de projetos de boa qualidade que atraiam empresas privadas tornou-se um dos principais problemas para a realização de obras nos municípios.

Criou-se, assim, um quadro caracteriz­ado por grande demanda de infraestru­tura, mas também por escassez de projetos. É este quadro que se pretende mudar. A nova linha de crédito será destinada a empresas que tenham interesse em elaborar estudos e projetos que possam resultar em obras nos municípios.

O objetivo, diz Milton Luiz de Melo Santos, presidente da agência – criada pelo governo do Estado de São Paulo para financiar pequenas e médias empresas e também as prefeitura­s paulistas –, é permitir que os municípios executem projetos de infraestru­tura de qualidade, sobretudo por meio de parcerias com investidor­es privados.

Chamada de Linha de Financiame­nto para Estudos em Projetos de Infraestru­tura, a nova modalidade de crédito é destinada a empresas paulistas de consultori­a de engenharia com faturament­o anual de até R$ 300 milhões. O limite dos empréstimo­s será de R$ 1 milhão por projeto. Os recursos poderão ser aplicados na contrataçã­o de pessoal técnico, compra de programas, bancos de dados e equipament­os especializ­ados e na participaç­ão de especialis­tas em congressos e seminários.

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