O Estado de S. Paulo

Novas regras devem alavancar ainda mais o setor

Com a entrada em vigor das diretrizes aprovadas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados, a estimativa é de mais cresciment­o

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No último dia 22 de novembro, o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) aprovou uma série de novas regras propostas pela Superinten­dência de Seguros Privados (Susep) para os produtos PGBL, VGBL e famílias. Na prática, elas têm o objetivo de estimular o desenvolvi­mento do mercado brasileiro.

A regulação permitirá que as seguradora­s lancem produtos ainda mais adequados às necessidad­es dos consumidor­es e representa a primeira grande inovação de mercado nos últimos 15 anos, desde a criação dos planos VGBL no País, segundo o presidente da FenaPrevi. Franco lembra que um bloco das novas diretrizes diz respeito à flexibiliz­ação das regras de investimen­to. “Isso é importante em um mercado de juros baixos, pois permite diversific­ar para que o cliente tenha mais retorno”, afirma, destacando também a criação do proponente qualificad­o como forma de deixar os planos menos engessados. Outro aspecto destacado é a preparação do setor para um futuro mercado de rendas. “Precisamos dar ao cliente alternativ­as de contrataçã­o de rendas diferentes da vitalícia”, defende.

O executivo lembra que, com a autorizaçã­o para a implementa­ção dos Planos Programado­s, tanto para PGBL como para VGBL, os participan­tes terão à sua disposição um leque de opções mais amplo e flexível para planejar a fase de benefícios. “Será possível combinar resgates e recebiment­o de renda em um mesmo fundo. Os clientes também poderão alterar os arranjos disponívei­s durante a fase de recebiment­o do benefício”, afirma. A expectativ­a da FenaPrevi é que as novas famílias de produtos estejam disponívei­s no mercado brasileiro a partir do segundo semestre do ano que vem.

Felipe Bottino itambém defende as novas regras, que derrubam o mito de que os planos de previdênci­a não po- dem dar retorno aos investidor­es. O executivo acredita que elas devem elevar o patamar de cresciment­o do setor, dos atuais 20% a 25% ao ano, para cerca de 30% ao ano.

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