Poupar desde a infância
Estudos apontam que crianças que aprendem a lidar com o dinheiro tendem a ser mais bem-sucedidas econômica e até emocionalmente na vida adulta
Adquirir a previdência privada em nome do adulto ou da criança? Essa é uma das principais dúvidas. Atualmente, o plano de previdência para menores pode ser contratado no Cadastro de Pessoa Física (CPF) do responsável ou da própria criança, já que hoje em dia é possível emitir esse documento assim que ela nasce. O problema de se vincular o contrato ao CPF do menor é que, ao atingir a maioridade, ele automaticamente adquire o direito de movimentar livremente os recursos do plano, podendo resgatá-los ou transferi-los sem que os pais tenham conhecimento. Para evitar o mau uso dos recursos acumulados durante anos, as opções são duas: atrelar o contrato ao CPF do responsável financeiro ou pensar mais estrategicamente e investir em educação financeira desde a infância.
“Quando se mantêm investimentos em nome da criança, é importante falar sobre isso com ela”, alerta Andréia Fernanda da Silva Castro, planejadora financeira certificada pela Associação Brasileira de Planejadores Financeiros (Planejar). “É essencial que ela entenda que os pais estão economizando dinheiro para que lá na frente ela consiga fazer uma faculdade ou garantir uma velhice mais tranquila. Essa conscientização pode começar já a partir dos 3 anos de idade.”